Leonardo Jardim foi apresentado como novo treinador do Cruzeiro, que em 2024 foi nono classificado no Brasileirão e finalista vencido da Copa Sudamericana, prova que vai voltar a disputar este ano. O contrato é válido até dezembro de 2026.
O treinador português, de 50 anos, trocou o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, pelo clube de Minas Gerais entusiasmado por «um projeto interessante», garantindo que mais do que a vertente financeira, foi uma «opção de vida vir ao Brasil, o país do futebol e com mais talentos no mundo».
Sobre o estilo que pretende implementar no Cruzeiro, Leonardo Jardim admitiu «adaptar-se ao plantel», ainda que preconize uma «equipa que tenha a bola, mas com transição rápida quando tiver espaço e mudança de lado quando for pressionada nos corredores». No fundo, «que seja uma equipa compacta e que consiga pressionar o adversário», tendo sempre em atenção aquilo que o jogo pede, entre «momentos de maior controlo e outros em que será preciso sair em transição».
O técnico aponta a «intensidade» como a qualidade que une os últimos campeões no Brasileirão, do Palmeiras de Abel Ferreira ao Botafogo de Artur Jorge. Uma virtude que pretende incrementar ao Cruzeiro, porque «os campeões têm talentos, mas também precisam de intensidade no jogo» para vencer, defende.
Leonardo Jardim revelou ter trocado «duas mensagens» com Pepa, atualmente no Sport Recife e antigo treinador do Cruzeiro, antes de se mudar para o Brasil e falou sobre o ex-Sporting, Matheus Pereira, que orientou no Al Hilal: «É um jogador que tem muita qualidade. O que pretendo é tirar o melhor dele para o clube, assim como dos demais jogadores».
Num ano em que investiu forte na equipa, como o demonstram as contratações de Gabigol (ex-Flamengo), Dudu (ex-Palmeiras) e Marquinhos (ex-Arsenal), o Cruzeiro demitiu Fernando Diniz no passado mês de janeiro, na sequência de um arranque tímido no Campeonato Mineiro, com apenas uma vitória nos primeiros três jogos.
Leonardo Jardim, que assistiu à derrota da Raposa frente ao Atlético Mineiro (0-2, com Hulk a bisar), vai na décima temporada consecutiva a trabalhar longe de Portugal. Antes, passou, com sucesso, por França (Monaco), Al Hilal (Arábia Saudita), Al Rayyan (Catar), Al Ahli e Al Ain (Emirados Árabes Unidos). No currículo leva sete títulos nacionais e uma Champions Asiática, conquistada ao serviço do Al Hilal, em 2021.
Fonte: Mais Futebol