Liga Europa: FC Porto-Olympiakos, 0-1 (crónica)

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O desfecho desta quinta-feira europeia deixa uma questão no ar.

Este FC Porto, afinal, Kaabi ou não Kaabi nesta Liga Europa?

Pelo historial, pelo prestígio, que não restem dúvidas. Pelo que se viu em mais uma jornada europeia no Dragão, as contas ficam bem mais complicadas.

Em plena transição de treinador, o FC Porto vê-se mesmo grego na Liga Europa.

Depois da saída de Vítor Bruno e na iminência da provável chegada de Martín Anselmi, o Olympiakos saiu do Dragão com os três pontos e impôs ao FC Porto a quarta derrota consecutiva.

Um golo do marroquino Ayoub El Kaabi, após um erro defensivo entre Nehuén Pérez e Zé Pedro, abriu caminho a nova derrota dos azuis e brancos.

Pela primeira vez em mais de 60 anos (!) – desde dezembro de 1964 – o FC Porto volta a sofrer quatro derrotas seguidas. As contas do apuramento para o play-off ficam mais apertadas e dentro de uma semana, na Sérvia, há uma verdadeira final frente ao Maccabi Tel Aviv.

Dragão por cima, mas sem grande poder de fogo

Com quatro mudanças no onze inicial em relação a Barcelos – Pepê voltou depois da polémica direto ao onze, além de Tiago Djaló, Alan Varela e Rodrigo Mora – o FC Porto teve mais controlo e domínio da primeira parte. Procurou mais o golo, perante um Olympiakos mais encolhido e aparentemente confortável em saber que podia ter de defender mais tempo.

Porém, faltou melhor definição e mais rasgo em alguns lances – aqui e ali maus passes a atrasar ataques, como o de Nico que originou amarelo a Nehuén Pérez – e mais poder de fogo. A grande ocasião só surgiu perto do intervalo, após um canto: Nehuén quase foi feliz, mas Tzolakis negou o 1-0 (41m), como negou também, na resposta, Diogo Costa a Mouzakitis, com uma boa defesa (43m).

Gregos equilibram no regresso… e a Kaabi coube a decisão

O Olympiakos, que na primeira parte só conseguiu ter um pouco mais bola depois de El Kaabi, em fora-de-jogo, ter colocado a bola no fundo das redes, apareceu bem mais solto na segunda parte e equilibrou o jogo. A entrada de Velde (saiu Masouras) deu mais vida ao ataque grego e foi do norueguês que surgiu a grande ocasião de golo negada por Diogo Costa (65m).

Por essa altura, já José Tavares tinha lançado Gonçalo Borges, que rendeu Pepê e mexeu bem com o ataque portista, até então pouco consequente na etapa complementar. Exceção feita a um cruzamento perigoso de Rodrigo Mora, mas bem cortado por David Carmo, que tinha Samu nas costas.

Já com Zé Pedro – entrou para lateral-direito na vez de João Mário – e Fábio Vieira (saiu Mora), o FC Porto sucumbiu aos erros próprios e sofreu o golo da derrota aos 79 minutos. Obra de El Kaabi, num remate de pé esquerdo, a passe de Mouzakitis, depois de uma falha entre Nehuén Pérez – que pouco antes resolveu dois lances de possível golo – e Zé Pedro.

Em brasas com a desvantagem, o FC Porto não conseguiu responder com toda a clarividência e, já com Gül e Namaso, Fábio Vieira ficou muito perto do empate, antes de o ex-Benfica Yaremchuk marcar o 2-0 que acabou anulado.

O FC Porto vê-se grego para voltar a ganhar. E vê-se grego para continuar na Europa.

Fonte: Mais Futebol

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