Estas cirurgias, que vão decorrer nos hospitais centrais de Maputo, Beira, Nampula e Quelimane, têm como objectivo melhorar a condição clínica do paciente, evitar o agravamento da patologia, que muitas vezes acaba culminando em óbito.
De acordo com a directora nacional de Assistência Médica no Ministério da Saúde (MISAU), Luísa Panguene, a campanha visa, igualmente, reforçar o compromisso do Governo com a saúde da população.
Este número faz parte de um universo de cerca de mil pacientes que aguardam, há pelo menos três meses, intervenção cirúrgica.
O aumento do tempo de espera foi causado, em parte, pelo clima de instabilidade e restrições na circulação impostas pelos manifestantes, sobretudo nos últimos meses do ano passado, impossibilitando que, quer os pacientes, quer o pessoal de saúde chegassem aos hospitais.
Falando ontem numa conferência de imprensa convocada para partilhar os detalhes da campanha, Luísa Panguene detalhou que entre as áreas mais procuradas destacam-se as cirurgias de âmbito geral, urologia e ortopedia.
Para o efeito, foram apetrechadas de forma adicional as salas de cirurgia, reforçadas as equipas de trabalho e alocados insumos para que os procedimentos decorram sem sobressaltos.
Explicou que foram escolhidos os hospitais por serem de referência regional e nacional, sendo que os provinciais poderão, também, realizar campanhas, desde que tenham as condições para efeito, comuniquem ao MISAU para reforçar o material e não se prejudique as actividades de rotina.
“Iniciamos pelos hospitais centrais, mas continuaremos com a actividade durante o ano, estando prevista uma segunda fase. Isso vai permitir a realização das cirurgias de rotina e as já programadas, reduzindo a fila de espera e, deste modo, melhorar o bem-estar da população”, disse.
Apelou aos pacientes observados por um médico, com o diagnóstico realizado e a aguardarem pela cirurgia, para se dirigirem ao hospital para reprogramar o procedimento.
Fonte: Jornal Noticias