Mapfara e Phamby expõem na Fundação Fernando Leite Couto

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De 06 a 30 de Agosto, a Galeria da Fundação Fernando Leite Couto, na Cidade de Maputo, terá patente a exposição intitulada “Mahanhela”, do escultor Mapfara e do pintor Phamby.

Com curadoria de Yolanda Couto, “Mahanhela” é o mote para o encontro de duas gerações de artistas, duas linguagens e uma multiplicidade de representação sobre o colectivo, a comunhão, esse sentido de estar e ser juntos, vivências.

De acordo com a Fundação Fernando Leite Couto, com pintura em óleo sobre tela, as obras de Phamby destacam-se por representar “actos humanos”, nos seus estilos de vida, comportamentos e peculiaridades. Enquanto uns entregam o próprio corpo para o peso da vida, outros apegam-se ao lazer e ao entretenimento ou serão as duas coisas, sendo que uma complementa a outra. Mas a mensagem é mais profunda do que o simples materialismo.

A Fundação Fernando Leite Couto adianta ainda que as esculturas em cerâmica de Mapfara mostram o interior e o exterior em simultâneo, recusam-se à uma única forma, os rostos multiplicam-se aos olhos dos visitantes e guiam-nos por caminhos sinuosos que ultrapassam a razão. De olhos fechados evitam decifrar-se, deixam para o espectador a tarefa do exorcista.

Phamby, pseudónimo de Isac Abílio Tivane (1996), vive e trabalha em Maputo. Começou a dedicar-se na pintura em 2015, tornando-se membro do Núcleo d’Arte em 2017. Desde então teve as suas primeiras obras expostas no Núcleo d’Arte. Ganhou mais experiência trabalhando com outros artistas, principalmente com Butcheca e vem participando em várias exposições colectivas tais como: “Colecção Crescente” (2018) na Galeria Kulungwana, “Feições para um Retrato” (2018) em homenagem ao poeta Fernando Leite Couto, na Galeria FFLC.

Mapfara, nome artístico de António Horácio Sitoe, nasceu em Maputo aos 29 de Outubro de 1979, tendo iniciado a sua carreira em 1999, quando se junta à ACHUFRE (Associação Cultural). É daqui onde ele aprende a fazer cerâmica como autodidacta e com o passar dos anos vem desenvolvendo um estilo e técnicas próprias influenciando-se na cerâmica moderna e tradicional moçambicana.

As mais recentes exposições em que realizou foram “O espírito do Mpfara” (2024), Galeria do Porto de Maputo e teve a sua obra representada na Expo Dubai 2020. Pavilhão de Moçambique, e na exposição Colectiva Três Dimensõesʺ: Percursos, Densidades e Possibilidades (2021), no CCBM e CCFM.

Entre várias distinções foi vencedor do terceiro prémio do concurso FOOTARTE 2010, com o tema  “odeio o futebol ou adoro o futebol”; teve uma menção honrosa da bienal das TDM, 2009, e venceu o Commonwealth arts and Crafts Award 2007/2008 da Fundação Commonwealth.

Fonte: O País

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