O ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, diz que as pontes metálicas são a solução mais viável neste momento, face às recorrentes quedas de pontes convencionais na província de Nampula. O governante fez ontem a entrega da ponte sobre o rio Monapo, que tinha sido destruída pelo ciclone Jude.
O ciclone Jude passou pela província de Nampula, mas os estragos continuam visíveis em vários pontos da chamada capital do Norte. Muitas estradas ficaram danificadas. Em alguns distritos como Lalaua, Muecate e Ribáuè, na zona de Quichachi, a circulação de pessoas e bens decorre de forma condicionada, devido ao acentuado nível de degradação das vias, incluindo pontes que caíram.
Questionado pela imprensa sobre o problema, João Matlombe defende que, neste momento, a solução passa pela colocação de pontes metálicas.
João Matlombe garante que está em curso a movimentação de pontes metálicas para garantir a ligação entre os distritos que foram severamente afectados pelo ciclone e reconhece a demora na aquisição do material para repor a transitabilidade. Segundo disse, o Governo está a preparar-se para fazer face à época chuvosa que se aproxima.
Matlombe reconhece que esta medida não resolve o problema de intransitabilidade na província de Nampula. Porém, diz que o Governo não tem recursos financeiros para a construção de novas pontes neste ano.
“Se tivéssemos dinheiro, faríamos, até porque conhecemos as soluções necessárias para tal. O ponto tem a ver com a capacidade financeira para podermos realizar as intervenções”, explica.
O ministro dos Transportes e Logística diz que não se pode enganar a sociedade ou a população. Para ele, a população precisa de saber que o Governo tem estado a fazer obras pontuais para garantir que haja mobilidade de pessoas e bens.
João Matlombe falava nesta quarta-feira, no posto administrativo de Namialo, distrito de Meconta, durante a reabertura da ponte sobre o rio Monapo, que tinha sido destruída devido à passagem do ciclone Jude, limitando a transitabilidade por mais de cinco meses.
As obras de reconstrução desta ponte custaram aos cofres do Estado mais de 700 milhões de meticais.
Fonte: O País