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As bolsas asiáticas registaram ganhos modestos esta quarta-feira, na sequência das negociações em Londres entre Estados Unidos e China, que terminaram com sinais de progresso na resolução das tensões comerciais. No entanto, os investidores mantêm cautela face à ausência de detalhes concretos sobre o acordo e ao acumular de riscos macroeconómicos nos EUA e Europa.
O acordo entre as duas potências prevê um enquadramento para resolver pendências sobre exportações de minerais raros e ímanes magnéticos — materiais essenciais para a indústria de tecnologia, defesa e energia limpa. Ainda que os termos completos não tenham sido divulgados, negociadores dos EUA afirmaram “esperar absolutamente” que estas questões sejam ultrapassadas com a aplicação do novo quadro.
Apesar do aparente alívio nas tensões comerciais, os investidores mantêm prudência. As obrigações do Tesouro norte-americano estabilizaram, enquanto o ouro subiu 0,5%, sinalizando procura por activos de refúgio. O índice do dólar Bloomberg avançou 0,1%.
As atenções dos investidores voltam-se agora para o índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA. As previsões apontam para uma aceleração da inflação subjacente para 2,9% em termos anuais, o que poderá influenciar a postura da Reserva Federal quanto a futuras decisões sobre taxas de juro.
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p style=”font-style: italic;border-top: 1px solid #eee;padding-top: 15px;margin-top: 30px”>Os mercados globais seguem em modo de vigilância estratégica. Embora o tom positivo das negociações entre os EUA e a China alimente algum optimismo, os investidores mantêm reservas perante a fragilidade do acordo preliminar, os riscos internos nos EUA e as incertezas sobre a política monetária. A diplomacia comercial continua a ser um barómetro crucial para o sentimento dos mercados.
Fonte: O Económico