Dados apresentados, esta sexta-feira, pelo Ministério da Educação e Cultura apontam que os países africanos investem menos de 1 por cento das suas economias na investigação científica, o que se reflecte na existência de infra-estruturas inadequadas e baixo número de investigadores.
“Existem na Região, infra-estruturas e recursos humanos de pesquisa e desenvolvimento inadequados, bem como uma incapacidade de traduzir a investigação em resultados comerciais; No que diz respeito aos recursos humanos em Investigação Científica e Desenvolvimento Experimental, o número global de investigadores na Região é, geralmente, baixo em comparação com o de outros países em desenvolvimento”, disse Edson Macuácua Secretário de Estado de Ciência e Ensino Superior.
Moçambique faz parte dos países que enfrentam estes desafios e, por isso, o sector da educação defende maior investimento.
“Os países africanos investem menos de 1% do PIB em Investigação Científica e Desenvolvimento Experimental, pelo que estão aquém da meta fixada na Estratégia da Ciência, Tecnológica e Inovação de África (STISA). A maior parte da Investigação Científica e Desenvolvimento Experimental é financiada pelo sector público e com participação limitada do sector empresarial, indicando a necessidade de maior envolvimento privado para o fortalecimento dos Sistemas Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação em África”.
O Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior falava durante o lançamento do Inquérito à Investigação Científica e Desenvolvimento 2024.
“Gostaríamos de informar que de 24 de Junho à 31 de Outubro do ano em curso, decorrerá em todo o país o processo de recolha de dados estatísticos junto das Instituições de Investigação Científica e do Ensino Superior, Empresas e Instituições sem Fins Lucrativos. Após o processamento e a análise dos dados em questão, será elaborado e publicado o 7.º Relatório de Indicadores de Investigação Científica e Desenvolvimento Experimental, referente ao ano de 2024”.
Os resultados do Inquérito poderão ser conhecidos em Novembro próximo.
Fonte: O País