Entre as vítimas fatais confirmadas nos atos “à larga escala” está um menor de seis anos. Outras 10 crianças ficaram feridas. Agências de notícias dizem que a duração foi de 23 segundos.
Bloco de apartamentos danificado
O especialista de comunicação do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, na Ucrânia, Toby Fricker, esteve num bloco de apartamentos danificado, onde operações de busca e salvamento estão em andamento.
Ele disse que a agência tem atuado com autoridades locais e parceiros para apoiar as crianças e famílias afetadas. Os relatos indicam que o número de vítimas está a aumentar.
Durante a noite, a Rússia teria lançado 309 drones e oito mísseis de cruzeiro. As defesas antiaéreas ucranianas teriam conseguido destruir muitos deles, mas os danos causados em toda a capital foram graves.
Pelo menos 27 localidades em Kiev foram atingidas pelo ataque, com os maiores danos registrados nos distritos de Solomianskyi e Sviatoshynskyi. Nessas áreas, a ONU apoia os esforços de resgate.
Onda de violência
De acordo com entidades das Nações Unidas, o ataque ocorreu tão rapidamente que as pessoas não tiveram tempo de procurar abrigo.
A chefe da Missão, Danielle Bell, falou de casas, empresas e prédios públicos sendo destruídos e que “poderá levar anos para reconstruí-los”. Ela acredita que “cada novo ataque agrava o impacto psicológico das pessoas que precisam passar noite após noite em abrigos.”
Mais de 100 prédios foram danificados na capital ucraniana, incluindo habitações, centros de ensino, creches, instalações médicas e universidades.
Fim de semana
A operação ocorreu após uma onda de violência, próximo e em áreas mais afastadas da linha de frente. Ataques no fim de semana mataram pelo menos 20 civis e feriram mais de 120.
Na segunda-feira, houve uma ação militar que atingiu uma prisão e matou 16 detentos. Num ataque contra um hospital três civis morreram. Outros cinco perderam a vida no leste do país na terça-feira.
A Missão caracteriza “um padrão violento” que continua desde junho, quando foi anunciado que a Rússia lançou 10 vezes mais ataques com mísseis e munições flutuantes contra a Ucrânia em comparação com junho de 2024. No total, nessas ações militares morreram 232 pessoas e outras 1.343 ficaram feridas.
Em rede social, o coordenador humanitário da ONU para a Ucrânia, Matthias Schmale, enfatizou que “o direito internacional humanitário deve ser respeitado. Todos os esforços devem ser feitos para proteger os civis. Eles não são um alvo.”
Fonte: ONU