Por: Alfredo Júnior
Moçambique e o Reino de Essuatíni reafirmaram, nesta segunda-feira, 4 de agosto, o compromisso de fortalecer a cooperação bilateral, com destaque para as áreas da economia, comércio e desenvolvimento sustentável. A ocasião foi marcada pela visita oficial do Rei Mswati III a Maputo, onde se encontrou com o Presidente da República, Daniel Chapo.
Durante o encontro, foram assinados três instrumentos de cooperação que visam dinamizar o intercâmbio entre os dois países, com foco no desenvolvimento conjunto de infraestruturas, facilitação de investimentos e promoção do comércio regional. A cerimónia teve lugar no Palácio da Ponta Vermelha, onde ambos os líderes destacaram os laços históricos, culturais e económicos que unem os povos moçambicano e essuatiniano.
O Presidente Chapo sublinhou que a cooperação com Essuatíni deve passar da retórica à implementação concreta de projectos com impacto direto nas populações, sobretudo nas zonas fronteiriças, onde o intercâmbio comercial e a mobilidade humana são intensos. Por sua vez, o Rei Mswati III reiterou o interesse do seu país em explorar oportunidades de investimento em Moçambique, particularmente nos sectores da agricultura, turismo, indústria transformadora e energias renováveis.
A visita de Mswati III insere-se numa estratégia mais ampla de integração regional, onde Moçambique tem procurado reforçar parcerias com os países vizinhos, no contexto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). A aposta em projectos conjuntos poderá impulsionar não apenas o comércio bilateral, mas também contribuir para a estabilidade económica e o desenvolvimento sustentável da região.
Este novo capítulo nas relações entre Moçambique e Essuatíni é visto por analistas como uma oportunidade estratégica para ambos os países consolidarem ganhos mútuos e enfrentarem, em conjunto, os desafios do crescimento económico num contexto global cada vez mais exigente. A implementação efectiva dos acordos assinados será determinante para transformar as intenções políticas em resultados tangíveis para as populações dos dois lados da fronteira.