Por: Redação/TEMPO
O debate sobre a liderança em Moçambique tem ganhado força nos últimos anos devido a vários desafios económicos, políticos, sociais e institucionais que o país enfrenta. De um lado, há quem defenda que Moçambique precisa de novos líderes, rostos jovens, com ideias inovadoras e maior proximidade às necessidades da população. Estes líderes poderiam trazer dinamismo e uma abordagem mais directa aos problemas da sociedade, desde a corrupção e gestão ineficiente de recursos públicos até a promoção de políticas que favoreçam a inclusão social e o desenvolvimento económico sustentável.
Por outro lado, há defensores que afirmam que a responsabilidade deve ser o critério principal. Para eles, não basta a juventude ou a renovação de nomes; é essencial que os líderes, independentemente da idade ou experiência, assumam compromissos claros com a transparência, e a eficácia na gestão pública. A responsabilização dos governantes por decisões erradas, desvios de fundos ou negligência administrativa deve ser vista como uma prioridade para a construção de confiança entre Estado e cidadãos.
No entanto, pode transparecer que o país precise de ambos: lideres que trazem a responsabilização dos governantes por decisões erradas, e lideres com ideias inovadoras e maior proximidade com às necessidades da população. Todavia, há que se acautelar para que os novos líderes não repliquem os erros do passado, pois, corremos o risco de estagnação política e desconexão com a população, especialmente entre os jovens, que representam a maioria da sociedade moçambicana.