Moreirense-Casa Pia, 3-2 (crónica)

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Após uma longa travessia com mais de dois meses e meio, o Moreirense voltou aos triunfos ao bater o Casa Pia no seu reduto (3-2). Dois castigos máximos no início do jogo encaminharam a conquista dos três pontos na tarde que teve Alanzinho como nome maior do embate: o médio assinou um hat-trick.

Antes de mais realce-se a entrada assertiva do Moreirense em campo. Os cónegos vinham de três derrotas, numa série de oito jornadas sem ganhar, desde que bateram o Sporting a 5 de dezembro. Perante um Casa Pia num ciclo oposto, na melhor fase da temporada, a equipa de César Peixoto entrou mais aguerrida, mais forte e a querer mais.

Nesse sentido imposto ao jogo beneficiou de dois penáltis aos doze e aos 26 minutos. Primeiro Leonardo Lelo e depois José Fonte «com o braço em posição não natural» intercetaram a bola na área. João Pinheiro foi, nas duas vezes, alertado pelo VAR e após longos minutos lá apontou para a marca dos onze metros.

Onze metros de distância

Nas duas ocasiões Alanzinho levou a melhor sobre Sequeira e, no espaço de doze minutos, encaminhava-se o triunfo do Moreirense. No primeiro confronto o guarda-redes ainda adivinhou o lado, mas nada pôde fazer para suster o remate, sendo que à segundo o brasileiro do Moreirense enganou o oponente: bola para um lado, guarda-redes para o outro.  

Com os gansos perdidos, o Moreirense continuou a dar corpo à supremacia, chegando ao terceiro numa grande jogada a nível coletivo, com várias combinações, a ter sequência no remate certeiro de Alanzinho, de fora da área, em arco, a fugir do alcance do guarda-redes.

Primeira parte para esquecer do conjunto de João Pereira, sem agressividade, a ver ainda a trave devolver um remate de Benny antes do período de descanso, com uma perdida escandalosa de Schettine na recarga quando estava completamente sozinho com a baliza à sua mercê.

Reação prometedora, mas sem sequência

Mas, a realidade é que a segunda metade foi completamente diferente. O técnico casapiano operou três mexidas ao intervalo, acrescentando Svensson, Henrique Pereira e Pablo Roberto ao encontro. Foi, contudo, na intensidade, na agressividade nos duelos e na abordagem ao jogo que o Casa Pia cresceu.

Reduziu em apenas cinco minutos com Svensson a marcar na sequência de um lançamento de linha lateral. Remate de primeira, de raiva, a relançar o jogo. Acreditou a equipa do Casa Pia, somou mais lançamentos de linha lateral e mais lances na área cónega. A equipa de César Peixoto teve de se remeter a trabalhos defensivos.

Uma reação prometedora dos gansos, mas sem sequência prática. O Moreirense manteve-se organizado e competente nas suas tarefas, segurando o triunfo face a um Casa Pia a jogar contra a sua ansiedade e contra a organização adversária, mesmo com o reduzir para 3-2 com o golo de Cassiano, já nos descontos. Respirou-se de alívio em Moreira de Cónegos, com o regresso aos triunfos.

A FIGURA: Alanzinho

De pé quente, o brasileiro de 24 anos apontou um hat-trick, sendo a grande figura do encontro. Saiu por cima do duelo com Sequeira ao converter em golo duas grandes penalidades nas quais não deu hipóteses ao guarda-redes adversário. Assinou o golo da tarde ao culminar uma jogada coletiva de fino recorte com um remate certeiro de fora da época. Alanzinho apontou tantos golos esta tarde como os que tinha na conta pessoal até agora.

O MOMENTO: terceiro golo do Moreirense (32m)

Dois remates bloqueados deram origem a duas grandes penalidades em que Alanzinho não vacilou. Mas, foi no terceiro da tarde que o médio assinou a obra de arte mais completa. Combinação com Schettine para o remate de primeira, em arco, à entrada da área a desviar-se do alcance de Sequeira. Golo bonito a ampliar a disparidade do resultado.

NEGATIVO: lesão de Cassiano

Golo com sabor agridoce para o avançado, seis minutos para lá dos noventa. O jogador atirou a contar, mas não evitou o choque com o adversário. Teve de sair de maca das quatro linhas, visivelmente em dificuldades com um rosto visível de dor.

Fonte: Mais Futebol

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