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Mozal injecta 77 milhões de meticais para financiar PMEs em Maputo e acelerar a transformação económica local

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Numa aposta clara na dinamização da economia local, a Mozal está a financiar micro, pequenas e médias empresas da província de Maputo com uma linha de crédito que ascende a 77 milhões de meticais. A iniciativa, integrada no projecto Nhluvuko, contempla apoio técnico e formação em gestão de negócios e visa abranger 240 empreendimentos até 2028, concentrando-se nos distritos da Matola e de Boane.

A segunda fase do projecto foi marcada pela entrega de financiamento a 10 novos empreendimentos, com valores que variam entre 100 mil e 1 milhão de meticais. Desde o seu lançamento, o Nhluvuko já impactou directamente 120 empreendedores, formalizou 27 negócios, financiou 48 projectos e criou 78 novos postos de trabalho.

O PCA da Mozal, Samuel Samugudo, sublinhou a natureza transformadora da iniciativa:

“Com o projecto Nhluvuko, esperamos beneficiar mais de 240 empreendedores ao longo dos 5 anos, contribuindo para novos negócios, geração de rendimento familiar, novos empregos e melhoria da qualidade de vida nas comunidades locais. Com este apoio financeiro, não estamos apenas a investir em negócios, estamos a investir em ideias, no potencial humano e na transformação de sonhos que hoje têm meios para se tornarem realidade.”

A componente de capacitação distingue o Nhluvuko de outras linhas de crédito. Os beneficiários passam por formações estruturadas em gestão financeira, planeamento estratégico, e contabilidade básica, organizadas pela Gapi e complementadas com sessões académicas na Universidade Pedagógica.

Para Anabela Mucavela, representante da Gapi, o impacto ultrapassa o financiamento:

“Ao apostar na aceleração do desenvolvimento local, que é o lema do Nhluvuko, estamos a contribuir para o crescimento da economia local, através do aumento da produção, do volume de negócios e do alargamento da base tributária. Estamos a capacitar mulheres e jovens para que se tornem gestores conscientes das suas empresas e agentes do desenvolvimento nas suas comunidades.”

Os testemunhos dos beneficiários revelam histórias de ambição e de transformação:

Jocilina Chirindza, empreendedora no ramo da restauração, afirmou:

“Com este valor pretendo alavancar o meu negócio, ampliar as instalações da minha cozinha, transformando-a numa cozinha profissional. Quero subir de 11 para 20 trabalhadores, respondendo à exigência dos clientes.”

Carmen Chissano, empreendedora avícola, vê agora possibilidades de diversificação:

“Produzimos frangos, mas com este financiamento vamos também adquirir poedeiras para iniciar a produção de ovos. Começaremos com a distribuição na Matola e Maputo, mas já pensamos em alcançar todo o país.”

<

p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O Governo da Província de Maputo acompanha de perto o progresso e reconhece o papel estruturante da iniciativa no ecossistema empresarial regional. Segundo Joel Nhassengo, Director Provincial da Indústria e Comércio:

“Estes empreendedores não recebem apenas dinheiro. São treinados e capacitados para gerir os seus negócios. Já temos indicadores positivos: dois beneficiários reembolsaram os valores em tempo recorde, o que mostra a viabilidade do modelo.”

Mais do que uma política de responsabilidade social corporativa, o Nhluvuko representa uma nova visão sobre o papel do sector privado no desenvolvimento local: a capacidade de gerar impacto sistémico e sustentável quando se alia financiamento à formação e incubação.

Com os olhos postos no futuro, o governo provincial pretende agora criar uma plataforma de exportação:

“Vamos incubar os empreendedores com os melhores produtos para exportar. O mercado regional e internacional está no radar da Província de Maputo.”

O Nhluvuko mostra como uma abordagem integrada — combinando acesso ao crédito, acompanhamento técnico e formação empresarial — pode desbloquear o potencial das PMEs e gerar um impacto económico e social duradouro. Com um horizonte de cinco anos e metas ambiciosas, a iniciativa poderá tornar-se uma referência nacional na articulação entre responsabilidade social, desenvolvimento local e inclusão económica.

Fonte: O Económico

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