Mozal reforça diálogo para assegurar continuidade após 2026: “É preciso calma e paciência”

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A Mozal assegurou que continua em negociações com o Governo de Moçambique e outros parceiros estratégicos, como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e a Eskom da África do Sul, para garantir a viabilidade da fundição de alumínio para além de 2026.


Em declarações recentes, Samuel Samo Gudo, em representação da empresa, salientou que a complexidade do processo exige prudência. “A Mozal é de Moçambique e está em Moçambique. Temos de ter calma, porque qualquer negociação desta natureza envolve vários stakeholders. É preciso paciência. Chegaremos lá”, afirmou.

Questionado sobre a manutenção de postos de trabalho, Gudo admitiu não poder garantir certezas, mas reafirmou o compromisso de manter o diálogo aberto. “Tudo faremos para continuar a negociar. O Sr. Presidente disse que vamos continuar a conversar, e é isso que estamos a fazer”, declarou.

Sobre o horizonte de 2026, o responsável evitou compromissos definitivos, mas apelou à confiança: “Não direi que sim, apenas digo que tenhamos esperança. Qualquer solução que implique impacto negativo para a HCB ou para a Mozal é uma má solução. Temos de encontrar equilíbrio e coabitação entre as duas entidades.”

Gudo rejeitou cenários de encerramento abrupto da fundição: “Tenhamos fé de que tudo será feito para que a Mozal continue a sorrir e ninguém desligue as luzes em 2026.”

Referindo-se às preocupações de investidores e empresas subcontratadas, lembrou que a Mozal é uma companhia listada em Bolsa e, como tal, tem deveres de transparência: “Os investidores não podem ser surpreendidos. A fundição de alumínio não é como uma mina, que se pode desligar e ligar. Temos de parar algumas actividades de maneira regrada, sempre na esperança de encontrar uma solução.”

Com estas declarações, a Mozal reforça a mensagem de que está empenhada em assegurar a continuidade das operações, ao mesmo tempo que prossegue negociações críticas sobre a sustentabilidade energética e operacional do projecto.

Fonte: O Económico

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