Foi com estes gritos de socorro que as mulheres voltaram a usar as ruas da cidade da Beira para clamar por justiça, face o continua assassinato delas.
“Cada dia que passa o número de assassinatos de mulheres tende a aumentar, apesar desta luta que as mulheres da sociedade civil e organizações feministas têm levado a cabo já há dois ou três anos. Mesmo assim, parece que não estamos a fazer nada, porque não temos uma resposta coerente para estas mortes. Por isso, hoje, nos reunimos aqui, como observatório do feminicídio, para exigir, mais uma vez, a justiça, porque as nossas têm de fazer qualquer coisa”, disse Catarina Artur, residente na Beira
Empunhando dísticos com vários dizeres e com proteção de agentes da Polícia Municipal, as mulheres percorreram as avenidas Armando Tivane e Samora Machel e a marcha foi desaguar na casa dos bicos, onde as participantes voltaram a chamar atenção dos legisladores.
A primeira marcha do género foi realizada em 2023. Naquele ano foram assassinadas 25 mulheres na cidade da Beira, contra 18 do ano passado.
Fonte: O País