Paulo Ferreira, selecionador de andebol, definiu que o objetivo para a competição passa por atingir os quartos de final do Mundial e melhorar o 10.º lugar no Egito2021. No entanto, reconheceu que Portugal «tem ainda alguns aspetos a melhorar para ser competitivo».
Portugal está no Grupo E da fase preliminar e, em teoria, tem a vantagem de começar os jogos com dificuldade ascendente – EUA (quarta-feira), Brasil (sexta-feira) e Noruega (domingo) – mas na ronda principal cruza com o F, dos candidatos Suécia e Espanha.
«Temos os Estados Unidos no primeiro jogo, que estamos obrigados a ganhar, não há nenhuma dúvida, e que nos pode permitir defrontar o Brasil com mais possibilidades, pois é uma seleção fortíssima, com jogadores fantásticos e um modelo de jogo otimizado», referiu à agência Lusa Paulo Pereira.
O jogo com a seleção do Brasil será um dos mais importantes, porque antecede o último da primeira fase com a coanfitriã e candidata Noruega, em Oslo. É fundamental que a seleção lusa ganhe se quiser ter intenções de passar à ronda principal com pontos e, depois, alcançar os desejados quartos de final.
«É fundamental passar com pontos, porque vamos cruzar com um grupo muito forte [com a Suécia, Espanha e Japão] e depois é ir vendo o que acontece dia a dia, mas creio que estaremos sempre a tempo de recuperar», disse Paulo Pereira, que lembrou o sucesso recente diante da poderosa Noruega.
«Se os vencemos no Europeu do ano passado, porque não voltar a ganhar. Se conseguirmos controlar bem as emoções e melhorar alguns aspetos que sabemos que temos de melhorar – porque senão não podemos ser competitivos – creio que temos essa opção», adiantou.
«O grupo está ambicioso. Agora, temos que adequar a ambição à forma como nos preparamos para atingir esses objetivos. Temos que nos preparar melhor e cuidar de alguns aspetos chave», explicou o selecionador.
O treinador notou a falta de tempo para «afinar» a equipa, pois dos sete campeonatos em que participou desde 2020, este é aquele em que menos tempo a seleção teve para se preparar e lamenta ainda que não haja um torneio em Portugal que servisse de derradeiro ensaio e evitasse deslocações. E lembrou que teve apenas dois jogos de preparação perto da prova, além de todos os jogadores disponíveis só recentemente. «Estes dois testes que tivemos fazem-nos pensar que temos que melhorar alguns aspetos se queremos ser competitivos. Temos que corrigir algumas questões que surgiram nos dois jogos que fizemos no Torneio de França», esclareceu.
Fonte: Mais Futebol