O processo de verificação de madeira em toro da empresa de importação e exportação Safetimba terminou na noite desta sexta-feira, no Porto da Beira, 24 horas depois de ter iniciado. A acção deveu-se a uma denúncia de que, no interior dos contentores, havia madeira em toro, prestes a ser exportada, facto que é proibido pela lei. No entanto, após a verificação, tudo indica que foi um falso alarme.
“A questão da possibilidade de existência de toros dentro dos contentores, como podemos ver, está, a priori, descartada. Vamos continuar com o nosso trabalho, que vai incidir agora com outra etapa, sobre a questão de análise do processo de exportação e sobre a sua legalidade. Até que ponto o processo de exportação em si foi levado a cabo legalmente e também aquilo que é a confrontação da documentação que está em nossa posse”, avançou o Chefe do Departamento Nacional de Florestas, Arsénio Chelengo.
Em processos desta natureza há sempre elevados custos inerentes ao manuseio dos contentores que já estavam no navio prestes a serem exportados.
De acordo com dados a que o “O País” teve acesso, as estimativas preliminares apontam para cerca de 100 mil dólares acrescidos de danos reputacionais, pois a reverificação dos contentores que já estavam no interior do navio descredibiliza a Cornelder de Moçambique e o porto no seu todo.
“Não é uma questão de dizer quem vai custear (…) isso está dependente do que se vai encontrar no fim do trabalho”, explicou Chelengo.
Ainda não há datas para a madeira serrada em peças seguir o seu destino, que é a República da China.
Fonte: O País