«Não podemos dissociar o sucesso do Sporting de Bruno de Carvalho»

0
49

Licenciado em Educação Física pela Universidade do Porto, trabalhou durante 16 anos ao lado de Leonardo Jardim. Foi do Desp. Chaves ao Mónaco, passou pelo Beira-Mar, Sp. Braga e Olympiakos, esteve no Sporting e teve as últimas experiências no Al-Hilal, Al-Ahli e Al-Rayyan.

Fez, por isso, parte da conquista da Liga dos Campeões Asiática em 2021 e dos campeonatos da Grécia, França, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Trabalhou de perto com estrelas como Mbappé ou Bernardo Silva, Falcão ou Fabinho, até com nomes grandes como Ruben Amorim e Nuno Gomes. Agora, aos 41 anos, assume o desejo de se tornar treinador principal.

Nesta segunda parte da entrevista ao Maisfutebol, Miguel Moita fala do período vivido em Alvalade e a saída para o Mónaco logo a seguir, onde descobriu um tal de… Mbappé.

——————————–

Acho que não podemos dissociar o sucesso de uma época para a outra da presença do Bruno de Carvalho. Ele entra a meio da época do sétimo lugar e quando o Leonardo Jardim entra é a primeira temporada do Bruno de Carvalho desde o início no Sporting. É ele que nos contrata e a verdade é que nesse ano foi muito importante a forma mais assertiva e mais objetiva como ele lidou com tudo. Foi muito importante para colocar o Sporting mais agressivo, com uma imagem mais agressiva, para voltar a ter sucesso novamente.

Nós sentíamos apoio, sem dúvida, mas também sentíamos que não teríamos o poderio dos outros dois grandes, o Benfica e o FC. Porto. Sabiamos que estávamos num patamar abaixo. Ainda assim, sabíamos que com a qualidade do nosso trabalho e com o nosso modelo de jogo podíamos construir uma equipa competitiva e foi isso que sempre nos norteou. Recuperámos alguns jogadores que estavam emprestados, relativamente ‘esquecidos’, e conseguimos tirar o melhor proveito de muitos atletas que não estavam a ter a importância devida. O William Carvalho é o melhor exemplo disso. Houve um aproveitamento dos jovens, do talento. Conseguimos potenciar os jogadores e fazer uma equipa muito competitiva, mesmo com um orçamento menos forte do que os concorrentes diretos. Quando todos querem, há sempre uma forma de todos se valorizarem.

O Mónaco pagou a cláusula de rescisão de três milhões de euros e a verdade é que o projeto era muito apelativo. Era um investimento megalómano que o clube estava a fazer. Já tinham lá jogadores como Falcão, Berbatov, João Moutinho e ainda iam entrar mais. A ideia era criar uma equipa super competitiva para fazer frente ao PSG. Além disso, aquela faceta do Bruno de Carvalho mais extrovertida, um pouco radical, já estava a criar alguma fadiga no Sporting. Mas a razão principal para a saída é mesmo a questão do projeto, aliada à questão financeira, claro. O Mónaco tinha ambições e jogava numa das ligas top-5 da Europa.

LEIA TAMBÉM:

Fonte: Mais Futebol

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui