A publicação confirma que o uso da substância na gravidez é causa da condição que afeta quase 150 milhões de crianças em todo o mundo. O nanismo leva ainda ao atraso no desenvolvimento e ao maior risco de doenças e morte prematura.
Fumaça do tabaco prejudica o crescimento
A nova análise que visa informar e mobilizar profissionais de saúde, formuladores de políticas e defensores confirma que a fumaça do tabaco prejudica o crescimento e a saúde das crianças. Os danos acontecem antes e depois do nascimento.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, defende que haja um controle abrangente do tabaco baseado numa estratégia econômica que ajude a melhorar a saúde, o desenvolvimento infantil e a prevenir o nanismo.
Ilustrando como a exposição de grávidas ao tabaco causa o nanismo, a agência explica que a exposição ativa ou passiva das gestantes poderia aumentar o risco de parto prematuro, natimortos e morte infantil.
Outra questão são os casos de baixo peso no nascimento, menor perímetro cefálico e crescimento atrofiado no útero que provoca o atraso no crescimento linear na primeira infância.
Fluxo de oxigênio
O tabaco impede o crescimento fetal, restringindo o fluxo de oxigênio e nutrientes para o embrião e reduzindo o fluxo sanguíneo placentário.
Já para bebês e crianças, a exposição ao fumo passivo, especialmente em casa, potencialmente agrava a sensibilidade a infecções respiratórias, como pneumonia e bronquiolite, e a condições crônicas como asma.
As vítimas podem sofrer de doenças frequentes, que consomem recursos nutricionais da criança e são uma das principais causas de desnutrição e do nanismo.
Potencialmente o tabaco piora a desnutrição. A renda familiar reservada a alimentos e outras necessidades podem baixar, um fator relevante em países de baixa e média renda.
Intervenções fortes de controle do tabaco
Para prevenção do nanismo infantil causado pela fumaça do tabaco, a OMS recomenda uma abordagem envolvendo diferentes setores, incluindo medidas e intervenções fortes de controle do tabaco voltadas à saúde e nutrição infantil.
Em 2017, a Assembleia Mundial da Saúde também endossou um conjunto de “melhores práticas” da OMS e outras intervenções indicadas aos governos para prevenir e controlar doenças crônicas não transmissíveis.
A agência atualizou recentemente essas medidas, que incluem executar ações de controle do tabaco que conseguiram reduzir o consumo da substância, a morbidade e a mortalidade relacionadas ao consumo do tabaco na gravidez.
A OMS destaca evidências robustas indicando que parar ou reduzir o fumo durante a gravidez tem um efeito positivo na desnutrição materna e infantil e reduz o risco de nanismo.
Fonte: ONU