Em nota emitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral, António Guterres, expressa solidariedade e faz um apelo para que as autoridades haitianas busquem justiça.
Violência contínua entre gangues
Um ataque noturno que aconteceu na sexta-feira foi o mais recente de uma série de incidentes brutais e violência entre gangues registrados no país desde o ano passado.
O líder das Nações Unidas diz estar alarmado com os níveis de violência que assolam o Haiti. Guterres solicitou aos Estados-membros para que acelerem o apoio à missão de Apoio Multinacional à Segurança para auxiliar a Polícia Nacional Haitiana.

Em outubro de 2023, a ONU endossou a força internacional liderada pelo Quênia que pretende combater as gangues, restaurar a lei e a ordem, e ajudar na organização de eleições no Haiti.
6 milhões de pessoas precisando de ajuda
O pedido do secretário-geral é feito duas semanas após um discurso no Conselho de Segurança da ONU, ilustrando o que ele considerou “um quadro sombrio da decadência do Haiti”.
Guterres destacou que a “autoridade do Estado está se desintegrando” à medida em que grupos armados intensificam seu controle sobre Porto Príncipe e regiões vizinhas, forçando famílias a fugir e obstruindo a vida cotidiana.
O Haiti tem 6 milhões de pessoas precisando de ajuda e 1,3 milhão vivendo como deslocadas. Para aliviar a crise humanitária existem somente 10% dos fundos do apelo anual de US$ 908 milhões.
O líder da ONU destaca que “de forma vergonhosa vem sendo ignorado e lamentavelmente subfinanciado” o plano de auxílio, numa realidade em que cerca de 1,7 milhão de pessoas não podem receber assistência.
Fonte: ONU