ONU realiza consultas domésticas às famílias deslocadas em Moçambique

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“No norte de Moçambique, a Organização Internacional para as Migrações [OIM], em coordenação com a equipa humanitária do país da ONU, o Governo de Moçambique e atores humanitários, está a realizar mais de 27 mil consultas domésticas. A ação humanitária começa com a escuta”, lê-se numa nota daquela agência da ONU.

 

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

A nova onda de ataques, sobretudo no distrito de Chiúre, a partir da última semana de julho, provocou mais de 57.000 deslocados, segundo a OIM, que refere que ao ouvir diretamente as famílias deslocadas, retornadas e anfitriãs, garante-se uma resposta humanitária que esteja fundamentada nas “realidades e prioridades” das pessoas.

“Honramos as comunidades cujas vozes moldam o nosso trabalho, e os humanitários que caminham ao seu lado todos os dias”, acrescenta-se no documento.

De acordo com o mais recente relatório OIM, com dados de 20 de julho a 03 de agosto, “a escalada de ataques e o crescente medo de violência” por parte de grupos armados não estatais nos distritos de Muidumbe, Ancuabe e Chiúre, regiões mais afetadas pelos recentes ataques em Cabo Delgado, levaram ao deslocamento de aproximadamente 57.034 pessoas, num total de 13.343 famílias.

O ministro da Defesa Nacional admitiu no final de julho preocupação com a onda de novos ataques naquela província, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os rebeldes armados.

“Como força de segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalámos”, disse Cristóvão Chume, aos jornalistas.

Pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique em 2024, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado em fevereiro pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS).

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Fonte: Notícias ao Minuto

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