Será Jannik Sinner capaz de defender o título conquistado há um ano? Irá Novak Djokovic festejar o 100.º título da carreira no seu Grand Slam predileto? Conseguirá Nuno Borges repetir a história de há um ano, quando se estreou nos oitavos de final de um «Major»? E, no feminino, Aryna Sabalenka estará preparada para festejar em Melbourne pelo terceiro ano consecutivo? Estas são perguntas para serem respondidas ao longo das próximas três semanas, na edição 2025 do Open da Austrália.
Começando pela delegação lusa, ela voltará a ter dois tenistas portugueses no quadro principal em singulares, dois anos depois. Nuno Borges, o número 1 nacional, terá, desta feita, a companhia de Jaime Faria, que superou a fase de qualificação. Pelo caminho ficou Henrique Rocha, afastado na derradeira eliminatória.
O sorteio da primeira ronda abre boas perspetivas aos dois tenistas lusos, com Borges (36.º no ranking ATP), que recentemente atingiu as meias-finais em Auckland, a defrontar o francês Alexandre Muller (56.º), e Faria (124.º) a ter como adversário o russo Pavel Kotov (99.º). Na variante de pares, Nuno Borges reedita a dupla com o amigo e especialista Francisco Cabral.
De recordar que, há um ano, Borges fez história ao atingir os oitavos de final do Open da Austrália, tornando-se no primeiro português a consegui-lo no «Major» australiano. Só caiu perante o antigo número 1 mundial Daniil Medveved, que seria finalista do torneio, poucos dias depois.
Sinner e os outros
Nessa final, Medvedev reviveu traumas antigos, ao tornar a desperdiçar uma vantagem de dois sets para a perder por 3-2. Se em 2022 caiu perante o consagrado Rafael Nadal, no ano passado viu Jannik Sinner virar o resultado para conquistar o primeiro título de um torneio do Grand Slam na carreira.
Sinner arrancou aí para uma temporada memorável, que lhe rendeu oito títulos, entre eles o US Open e as ATP Finals. Nem as acusações de doping, que ainda lhe podem valer um castigo pesado, fizeram o italiano abrandar o ritmo, sendo por isso o principal favorito a revalidar o título em Melbourne.
Logo a seguir, na lista de favoritos, surge Carlos Alcaraz, que no passado conquistou Roland Garros e Wimbledon e a quem apenas falta o título na Austrália para, aos 21 anos, completar o Grand Slam de carreira. Nomes como os de Alexander Zverev, Daniil Medvedev ou Taylor Fritz não podem ser ignorados, assim como o do recordista de títulos no «Happy Slam», Novak Djokovic, que o venceu em dez ocasiões.
Aos 37 anos, o sérvio, que em 2024 venceu o torneio olímpico e é também o recordista de títulos em torneios do Grand Slam (24), surge em Melbourne ao lado de outra lenda do ténis, Andy Murray, o seu novo treinador, e com o sonho de chegar ao 100.º torneio conquistado na carreira, mesmo que as probabilidades não joguem, desta feita, a seu favor.
A este desfile de estrelas há que juntar Nick Kyrgios, que está de volta ao circuito após uma paragem superior a um ano devido a problemas físicos. Nos torneios de preparação para o Open da Austrália, chegou a jogar pares com Novak Djokovic, ficando por perceber se será capaz de aguentar partidas à melhor de cinco sets.
Sabalenka procura feito inédito no novo milénio
Na variante feminina, todos os olhos estão postos em Aryna Sabalenka, vencedora das últimas duas edições do Open australiano. A tenista bielorrussa, que fechou 2024 no topo do ranking WTA, procura igualar o feito de Martina Hingis, a última a conquistar a prova em três anos consecutivos, entre 1997 e 1999.
Mesmo não atuando no seu piso predileto, a polaca Iga Swiatek andará naturalmente entre as favoritas, num lote sempre mais alargado no torneio feminino, por norma mais aberto a surpresas.
Numa superfície mais rápida, a chinesa Qinwen Zheng, finalista vencida na edição de 2024, ou as norte-americanas Jessica Pegula e Madison Keys podem tornar-se relevantes, para lá, claro, de Coco Gauff, número 3 mundial e uma das melhores tenistas da atualidade.
O quadro principal do Open da Austrália joga-se entre os dias 6 e 26 de janeiro, em Melbourne.
Fonte: Mais Futebol
