Resumo
A entrega da Chave da Cidade de Maputo ao presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, em junho de 2024, gerou controvérsia. Membros da oposição, como RENAMO e MDM, boicotaram a cerimónia, questionando a legitimidade da homenagem aprovada pela Assembleia Municipal de Maputo. A Frelimo foi a única bancada a votar a favor, enquanto RENAMO e MDM se abstiveram. A RENAMO considerou que Embaló não merecia a distinção devido ao seu histórico político controverso. O MDM criticou o presidente guineense por representar uma governação autoritária. Um ano e cinco meses depois, o partido ANAMOLA planeia submeter uma petição à Assembleia Municipal para revogar a Chave da Cidade, considerando Embaló um "ditador fraudulento". A atitude da oposição destaca a importância do consenso e da escuta da voz da oposição nas decisões municipais.
A entrega da Chave da Cidade de Maputo ao presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, em junho de 2024, gerou controvérsia e polarizou a opinião pública. Na ocasião, a cerimônia foi boicotada por membros da oposição, incluindo as bancadas da RENAMO e do MDM, que questionaram a legitimidade da homenagem.
A atribuição do símbolo foi aprovada pela Assembleia Municipal de Maputo contra a vontade desses partidos. Dessa forma, na votação, a Frelimo foi a única bancada a votar a favor, enquanto RENAMO e MDM se abstiveram. Além disso, segundo a RENAMO, Embaló não merecia a distinção, tendo em vista seu histórico político controverso e a ausência de elementos concretos que justificassem a concessão da chave. O MDM, por sua vez, criticou o presidente guineense por representar “uma governação autoritária”, lembrando que ele havia dissolvido o parlamento na época, um acto que, em sua visão, contraria os valores da democracia, do Estado de Direito e da transparência.
Por conseguinte, por esses motivos, tanto RENAMO quanto MDM optaram por boicotar a cerimônia, não se fazendo presentes no dia da atribuição como forma de protesto.
Passado cerca de um ano e cinco meses, a controvérsia voltou ao debate público com a iniciativa do partido ANAMOLA. Assim sendo, o partido pretende submeter, dentro de dez dias, uma petição à Assembleia Municipal solicitando a revogação da Chave da Cidade concedida ao presidente guineense. Segundo o partido, Embaló é considerado “um ditador fraudulento” que não respeita os direitos democráticos.
Por fim, a postura dos partidos de oposição, tanto no boicote de 2024 quanto na actual iniciativa de ANAMOLA, evidencia a necessidade de refletir sobre o consenso nas decisões da Assembleia Municipal e sobre a importância de ouvir a voz da oposição.






