Por: Gentil Abel
Em várias cidades e províncias moçambicanas, multiplicam-se denúncias de situações de opressão e exploração de trabalhadores por parte dos seus empregadores, sobretudo em setores como o comércio, particularmente em lojas de origem chinesa, e no ramo da construção civil.
De acordo com relatos de trabalhadores e vídeos que circulam nas redes socias, as irregularidades mais frequentes incluem jornadas laborais excessivas, falta de condições adequadas de segurança e saúde no trabalho. E em alguns casos, os trabalhadores afirmam enfrentar tratamentos desrespeitosos e ameaças de despedimento sumário, sempre que tentam reivindicar os seus direitos
E perante este cenário, cresce a pressão para que o Ministério do Trabalho intensifique as suas ações de fiscalização e inspeção laboral, e que assumam um papel mais ativo e visível na proteção da classe trabalhadora, responsabilizando judicialmente as entidades patronais que não cumprem a lei. Pois, a intervenção estatal é considerada crucial para proteger a dignidade dos trabalhadores e assegurar que os investidores no país respeitem os direitos fundamentais.
No entanto, e necessário reforçar mecanismos de denúncia e de garantir maior transparência nos processos de contratação, de forma a evitar abusos. Pois, os trabalhadores continuam a desempenhar um papel essencial em diversos setores da economia, mas muitos permanecem em situação de vulnerabilidade e precariedade, à espera de uma resposta mais firme das autoridades competentes.