Resumo
O preço do ouro caiu pela terceira sessão consecutiva, influenciado pela valorização do dólar e pela incerteza em relação aos cortes da Fed. O ouro recuou 0,4% no mercado à vista, fixando-se em 4 045,58 dólares por onça, com os futuros para dezembro a caírem 0,9% para 4 042,50 dólares. O fortalecimento do dólar, próximo dos máximos de seis meses, torna o ouro mais caro para investidores que usam outras moedas. Analistas preveem pressão adicional nos preços do ouro se o índice do dólar continuar acima de 100. A incerteza sobre a política monetária dos EUA continua a influenciar o mercado, com a probabilidade de um corte de juros em dezembro a descer para 69%, após ter atingido 74% devido a comentários mais dovish de John Williams, da Fed de Nova Iorque.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Metal precioso recua pela terceira sessão consecutiva, pressionado pela valorização do dólar e pela incerteza em torno do ritmo de cortes da Fed.
O ouro voltou a cair esta segunda-feira, prolongando para três sessões consecutivas o ciclo de perdas, num momento em que o dólar norte-americano se mantém próximo dos máximos de seis meses e os investidores aguardam maior clareza sobre o rumo da política monetária da Reserva Federal.
O preço do ouro no mercado à vista recuou 0,4 %, fixando-se em 4 045,58 dólares por onça às 05h36 GMT, enquanto os futuros para entrega em Dezembro caíram 0,9 % para 4 042,50 dólares. A trajectória descendente reflecte o fortalecimento do dólar, que permaneceu perto das cotações mais elevadas desde Maio, encarecendo o metal para investidores que utilizam outras moedas.
Segundo Jigar Trivedi, analista sénior da Reliance Securities, “o índice do dólar está acima de 100 e, se continuar a negociar acima desse nível, haverá pressão adicional sobre os preços do ouro”. O analista sublinha ainda que, na ausência de tensões geopolíticas significativas, “as próximas três a cinco semanas deverão manter um tom neutro a negativo para o ouro”, reconhecendo a escassez de factores de suporte para os investidores optimistas.
A recente oscilação nas expectativas sobre a política monetária norte-americana permanece no centro das decisões de mercado. A probabilidade de um corte de juros pela Fed já em Dezembro desceu para 69 %, depois de ter disparado para 74 % na sessão anterior, impulsionada por comentários mais dovish do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams. Contudo, outros decisores mantiveram uma posição prudente. Lorie Logan, presidente da Reserva Federal de Dallas, defendeu a manutenção das taxas “por algum tempo”, enquanto os presidentes das Fed de Chicago e Cleveland advertiram que cortes prematuros podem aumentar riscos macroeconómicos.
O ouro, que não oferece rendimento, tende a beneficiar em períodos de juros mais baixos, situação que neste momento permanece envolta em incerteza.
No mercado de metais preciosos, a prata registou uma ligeira queda de 0,1 %, para 49,95 dólares por onça, enquanto a platina subiu 1,5 % para 1 533,85 dólares. O paládio valorizou 1,3 %, situando-se nos 1 391,26 dólares por onça.
Fonte: O Económico





