Resumo
O preço do ouro desceu abaixo dos 4 mil dólares por onça, devido à força do dólar e à diminuição das expectativas de um novo corte nas taxas de juro dos EUA. A incerteza sobre a política monetária e a redução das tensões comerciais entre os EUA e a China têm afetado a procura pelo metal precioso. O dólar manteve-se forte, com investidores a ajustar as suas apostas após comentários cautelosos do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell. A incerteza na Fed e a probabilidade reduzida de um novo corte de juros em dezembro têm influenciado o mercado do ouro. Apesar da queda recente, o ouro acumula um aumento de 53% desde o início do ano, mas caiu 8% desde o seu recorde em outubro. Outros metais preciosos também apresentaram variações, com a prata e a platina a subirem ligeiramente e o paládio a descer.
Na sessão de terça-feira, o ouro à vista desvalorizou 0,2%, para 3 992,23 dólares por onça, enquanto os futuros para Dezembro recuaram 0,3%, para 4 001,40 dólares, segundo dados da Reuters.
O dólar manteve-se próximo do seu nível mais elevado em três meses, com os investidores a reajustar as suas apostas após declarações prudentes do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que admitiu que uma nova redução das taxas de juro este ano “não é uma conclusão inevitável”.
A incerteza divide os membros da Fed, enquanto os mercados atribuem agora apenas 65% de probabilidade a uma nova descida das taxas em Dezembro — bem abaixo dos 90% registados antes das recentes declarações de Powell, de acordo com o CME FedWatch Tool.
“O dólar forte é um espinho no caminho do ouro, com os investidores a recalibrar as hipóteses de um novo corte de juros,” observou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.
O analista nota que o ouro, por não gerar rendimento, tende a beneficiar de ambientes de juros baixos e de elevada incerteza económica, condições que se mostram menos favoráveis no actual contexto.
A ausência de dados cruciais do Bureau of Labor Statistics, devido à paralisação parcial do Governo federal norte-americano, acentua o debate interno no seio da Fed sobre o rumo da política monetária. O mercado aguarda agora os dados de emprego da ADP e os índices de actividade industrial (PMIs) do ISM, previstos para esta semana, como novos sinais sobre o comportamento da economia norte-americana.
Apesar da recente correcção, o ouro acumula uma valorização de 53% desde o início do ano, sustentada pela procura de activos de refúgio em fases anteriores de incerteza. No entanto, o metal caiu 8% face ao recorde histórico atingido a 20 de Outubro, reflectindo uma menor pressão geopolítica após o anúncio de Donald Trump de reduzir parcialmente as tarifas sobre a China em troca de concessões de Pequim.
<
p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Nos restantes metais preciosos, a prata valorizou 0,1% para 48,12 dólares por onça, a platina subiu 0,1% para 1 566,60 dólares, enquanto o paládio recuou 1% para 1 430,31 dólares.
Fonte: O Económico






