Por: Alda Almeida
O Parque Nacional de Maputo, em Moçambique, foi oficialmente inscrito na lista do Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. A decisão foi tomada no domingo, 13 de julho de 2025, durante a 47.ª reunião do comité da organização, que decorre em Paris.
Este reconhecimento destaca a importância ecológica do parque, que combina ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos. Com cerca de 1.718 quilómetros quadrados, abriga quase 5.000 espécies e inclui uma grande diversidade de habitats: desde lagos, lagoas e pântanos, até mangais, recifes de coral, dunas e praias extensas.
A UNESCO realçou que o Parque Nacional de Maputo complementa o valor de conservação do vizinho parque sul-africano iSimangaliso, também Património Mundial, contribuindo para a protecção da biodiversidade em toda a região de Maputo.
Criado oficialmente em 2021, o parque resulta da junção da antiga Reserva Especial de Maputo e da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro. A sua história, no entanto, remonta a 1932, quando foi estabelecida uma pequena área de caça. Ao longo dos anos, o espaço foi ganhando importância, especialmente após um acordo assinado em 2006 entre o Governo moçambicano e a Peace Parks Foundation, que ajudou na recuperação e repovoamento do parque após os anos difíceis da guerra civil.
Hoje, o Parque Nacional de Maputo é conhecido pelas suas paisagens únicas e pela presença de espécies emblemáticas como elefantes e girafas, que podem ser vistas perto da Estrada Nacional 1 (N1).
Com o novo estatuto de Património Mundial, espera-se que o parque ganhe maior visibilidade internacional. O administrador do parque acredita que esta distinção vai ajudar a mostrar ao mundo a riqueza natural da região e reforçar a cooperação com a África do Sul na gestão conjunta da área protegida.
“É um reconhecimento do valor universal do nosso parque”, afirmou, referindo-se à importância de preservar este espaço natural único para as gerações futuras.
FONTE: RTP Noticias