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Petróleo Recua com Retoma das Cargas no Porto Russo de Novorossiysk, Enquanto Sanções Mantêm Pressão Sobre Moscovo

Resumo

A normalização das exportações russas após o ataque ucraniano reduziu os receios imediatos de escassez de petróleo, mas os mercados continuam atentos ao impacto de longo prazo das sanções ocidentais sobre os fluxos de crude de Moscovo. Os preços do petróleo recuaram devido à retoma das exportações no porto estratégico de Novorossiysk, após suspensão devido a um ataque ucraniano. Apesar da normalização, os mercados avaliam o impacto das sanções ocidentais sobre os fluxos de crude russo, num contexto de oferta global em expansão e expectativas de queda de preços. O Brent desceu 0,72% para 63,74 dólares por barril e o WTI recuou 0,75% para 59,46 dólares. A retoma das operações em Novorossiysk aliviou as tensões imediatas do lado da oferta, representando cerca de 2% da oferta global de crude.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A normalização das exportações russas após o ataque ucraniano reduziu os receios imediatos de escassez, mas os mercados continuam atentos ao impacto de longo prazo das sanções ocidentais sobre os fluxos de crude de Moscovo, num contexto de oferta global em expansão.

Os preços do petróleo recuaram esta terça-feira, após a Rússia ter retomado as exportações no porto estratégico de Novorossiysk, suspensas durante dois dias devido a um ataque ucraniano com drones e mísseis. Apesar da normalização operacional, os mercados continuam a avaliar o impacto acumulado das sanções ocidentais sobre os fluxos de crude russo, num contexto de oferta global em expansão e expectativas de queda dos preços nos próximos anos.

O mercado petrolífero iniciou a sessão desta terça-feira em correcção ligeira, com o Brent a descer 0,72% para 63,74 dólares por barril e o WTI a recuar 0,75% para 59,46 dólares, segundo dados das 04h20 GMT. A pressão em baixa surgiu após a confirmação de que o porto de Novorossiysk, no Mar Negro, retomou as operações de carga de crude no domingo.

A instalação, uma das mais importantes do sistema logístico russo, havia suspendido actividade por dois dias devido a um ataque ucraniano com drones e mísseis.
Novorossiysk e o terminal vizinho do Caspian Pipeline Consortium (CPC) representam cerca de 2,2 milhões de barris por dia — aproximadamente 2% da oferta global de crude. A paralisação fez os preços dispararem mais de 2% na sexta-feira, mas a retoma antecipada aliviou tensões imediatas do lado da oferta.

O analista Tony Sycamore, da IG Markets, sublinhou que a queda reflecte “a normalização dos carregamentos mais cedo do que antecipado”, reduzindo o risco de quebra prolongada no abastecimento.

Sanções ocidentais pressionam receitas e deslocam petróleo russo para descontos profundos

Mesmo com a retoma das operações, os mercados permaneceram concentrados no impacto das sanções impostas pelos EUA e aliados. O Departamento do Tesouro norte-americano afirmou que as medidas aplicadas em Outubro contra Rosneft e Lukoil já estão a reduzir as receitas russas e deverão limitar os volumes de exportação ao longo do tempo.

Análises da ANZ Research indicam que o crude russo começou a ser transaccionado com descontos acentuados face aos benchmarks internacionais, reflectindo o aumento dos riscos comerciais e logísticos associados às sanções.

Segundo o estratega de commodities Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia, cresce a preocupação com o acumular de petróleo em petroleiros, numa altura em que compradores ponderam o risco de violação das sanções ao adquirirem crude russo. Ainda assim, Dhar lembra que “a história mostra a capacidade da Rússia em contornar restrições”, sugerindo que o impacto poderá ser temporário.

Washington prepara endurecimento de medidas; Congresso avança com nova legislação

Do lado político, um alto responsável da Casa Branca confirmou que o Presidente Donald Trump está disposto a sancionar nova legislação contra a Rússia, desde que mantenha autoridade final na implementação. O Presidente afirmou igualmente que os republicanos estão a preparar um projecto de lei para sancionar qualquer país que faça negócios com Moscovo, com a possibilidade de incluir Irão numa escalada adicional de pressão geopolítica.

Perspectivas de médio prazo: oferta global crescente pode manter preços em queda

Em termos de tendência, o Goldman Sachs estima que os preços do petróleo devam recuar até 2026, devido ao aumento significativo da oferta global, que deverá manter o mercado em superavit durante os próximos anos. No entanto, o banco admite que o Brent poderá voltar acima dos 70 dólares em 2026/2027 caso a queda da produção russa seja mais acentuada do que o previsto.

Impacto para países importadores como Moçambique

Para Moçambique, país importador líquido de combustíveis, uma trajectória de preços moderados do petróleo pode aliviar pressões sobre a balança de pagamentos, os custos logísticos e a inflação. Contudo, a instabilidade geopolítica continua a introduzir riscos de curto prazo, sobretudo numa conjuntura de elevada volatilidade no mercado energético internacional.

Fonte: O Económico

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