Resumo
Os preços do petróleo subiram devido à decisão da OPEP+ de limitar o aumento da produção em Novembro, atenuando receios de excesso de oferta. O Brent fechou a 65,93 dólares por barril e o WTI a 62,24 dólares. Investidores mantêm posições longas, apostando na contenção da produção e limitação dos fluxos de crude russo. Preocupações com interrupções nas exportações russas diminuem, com embarques próximos de máximos de 16 meses. Nos EUA, dados preliminares do API indicam aumento nos inventários de crude, enquanto a produção petrolífera americana deverá atingir recorde histórico este ano, ampliando influência no mercado global. A EIA divulgará números oficiais dos inventários até ao final da semana.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Decisão do cartel de restringir o aumento de produção para Novembro sustenta os preços, enquanto os investidores aguardam dados sobre os inventários norte-americanos.
Os preços do petróleo voltaram a subir na quarta-feira, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) anunciarem uma contenção no aumento da produção, atenuando as preocupações de um possível excesso de oferta no mercado global.
O Brent fechou a sessão com um ganho de 0,7%, atingindo 65,93 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) avançou 0,8%, para 62,24 dólares. O movimento ocorre depois de a OPEP+ decidir restringir o aumento da produção a 137 mil barris por dia em Novembro — a menor variação entre as alternativas debatidas durante o fim-de-semana.
Segundo Emril Jamil, analista sénior da LSEG Oil Research, o mercado encontra-se “num limbo de preços”, dividido entre o receio de um eventual excesso de oferta e a percepção de que o aumento de produção será mais contido do que o inicialmente previsto. Alguns investidores mantêm posições longas, apostando que os esforços para limitar os fluxos de crude russo poderão continuar a sustentar os preços.
Os analistas do ANZ reforçam que, enquanto o mercado físico não demonstrar sinais claros de abrandamento — nomeadamente através do aumento dos inventários —, os investidores tenderão a desvalorizar o impacto imediato das elevações de produção.
Contudo, os ganhos permanecem limitados, à medida que as preocupações sobre uma interrupção das exportações russas diminuem. Nos últimos quatro meses, os embarques de crude provenientes da Rússia mantiveram-se próximos de um máximo de 16 meses, o que contribui para equilibrar a oferta global.
Nos Estados Unidos, os dados preliminares do American Petroleum Institute (API) indicam um aumento de 2,78 milhões de barris nos inventários de crude na semana terminada a 3 de Outubro, contrastando com uma queda nas reservas de gasolina e destilados. A Energy Information Administration (EIA) deverá divulgar números oficiais até ao final da semana.
Em paralelo, a EIA revelou que a produção petrolífera norte-americana deverá alcançar este ano um recorde histórico superior ao estimado anteriormente, ampliando o impacto dos Estados Unidos sobre a dinâmica do mercado energético global.
Fonte: O Económico