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Os preços do petróleo iniciaram a semana em alta, impulsionados pela decisão do presidente norte-americano Donald Trump de adiar até 9 de Julho o prazo para um eventual acordo comercial com a União Europeia, aliviando receios sobre a imposição de tarifas e a consequente queda da procura global de crude.
Na manhã de segunda-feira (horário asiático), os contratos futuros do Brent subiram 0,6%, fixando-se nos $65,15 por barril, enquanto o WTI avançou para $61,87, igualmente com uma valorização de 0,6%.
A extensão do prazo, anunciada após Trump ter recebido um pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alimentou o optimismo entre investidores, mitigando temores sobre o impacto económico de tarifas punitivas à UE.
“O crude e os futuros norte-americanos registaram uma forte recuperação esta manhã, após o anúncio de Trump”, afirmou Tony Sycamore, analista da IG Markets. Para Sycamore, os factores dominantes no sentimento de risco esta semana serão as manchetes sobre tarifas comerciais e os receios fiscais em Washington.
Na sessão anterior, tanto o Brent como o WTI já haviam fechado em alta de 0,5%, reflexo da fraca evolução nas negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irão — cenário que adia o regresso em grande escala do petróleo iraniano ao mercado global.
Adicionalmente, os dados da Baker Hughes indicaram uma nova redução nas plataformas petrolíferas em operação nos EUA, que desceram de 473 para 465, o nível mais baixo desde Novembro de 2021. Esta redução reflecte o impacto de preços ainda voláteis na actividade dos produtores norte-americanos.
Ainda assim, os ganhos no mercado foram limitados pela expectativa de que a OPEP+ possa anunciar, na próxima semana, um novo aumento de produção de 411 mil barris por dia para o mês de Julho. Segundo fontes citadas pela Reuters, o grupo poderá reverter totalmente os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia até Outubro, tendo já aumentado a produção em cerca de 1 milhão de bpd nos meses de Abril, Maio e Junho.
Fonte: O Económico
