Sem os nomes dos principais mentores e com a identificação do autores materiais censurada o resumo traz no entanto algumas revelação interessantes que o @Verdade irá divulgar em próximos artigos.
Recorde-se que entre 2013 e 2014 as empresas Proindicus, S.A. – participada pela Sociedade Anónima Monte Binga e pelos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), ambos com 50% do capital da empresa -, a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), S.A. – que tem como accionistas o Instituto de Gestão das Participações do Estado(IGEPE), a Empresa Moçambicana de Pesca( Emopesca) e a sociedade Gestão de Investimentos, Participações e Serviços(GIPS), Limitada, uma entidade unicamente participada pelos Serviços Sociais do Serviço de Informação e Segurança do Estado (a polícia secreta de Moçambique) -, e a Mozambique Asset Management(MAM), S.A. – participada pela EMATUM, Proindicus e pela GIPS (Gestão de Investimentos, Participações e Serviços, Limitada) -, contra empréstimos junto dos bancos Credit Suisse e Vnesh Torg Bank (VTB) alegadamente para um projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
Alguns dos bens adquiridos foram entregues mas não estão em operação, aliás as três empresas estatais não estão a funcionar e não geram rendimentos por isso o Estado já teve que honrar o seu papel de “fiador” pagando algumas das amortizações desses empréstimos.
As dívidas foram entretanto vendidas a investidores internacionais e a alguns bancos moçambicanos, no entanto este ano nenhuma das amortizações das três empresas foi paga.
O Governo de Filipe Nyusi embora tenha assumido que essas dívidas ilegais e inconstitucionais são para serem pagas decidiu renegociar os prazos de pagamentos.
Entretanto o Fundo Monetário Internacional (FMI), e a embaixada da Suécia, já vieram saudar a PGR, em comunicados de imprensa separados, pela publicação deste sumário mais de um mês após a Auditoria ter sido entregue à Beatriz Buchilli.
O FMI afirma que esta divulgação “constituiu um passo importante para maior transparência relativamente aos empréstimos daquelas três empresas públicas”.
De acordo com o comunicado que estamos a citar, na sequência da divulgação deste documento “uma missão do corpo técnico do FMI visitará Moçambique de 10 à 19 de Julho para discutir os resultados da auditoria com as autoridades e possíveis medidas de seguimento, incluindo trabalhar com as autoridades para abordar preocupações relacionadas com a gestão de recursos públicos”.