[ai_summary timestamp=”09/10/2025 às 21:31″ summary=”A comunidade de Amamba, em Sofala, denuncia a usurpação das suas terras por agentes económicos chineses para a instalação de uma fábrica de cimento, enquanto as autoridades locais prometem compensações. Os residentes, que praticam agricultura nas terras invadidas, aguardavam uma consulta pública e compensação, mas viram as máquinas a trabalhar no terreno sem aviso prévio. Os nativos expressam desconforto com a situação e procuram respostas, enquanto as autoridades locais prometem intervir para garantir compensações justas. Os responsáveis chineses não prestaram declarações à imprensa, abandonando o local ao serem abordados.”]
A Comunidade do povoado de Amamba, no distrito de Chibabava, em Sofala, denuncia usurpação das suas terras por agentes económicos chineses, que pretendem instalar uma fábrica de cimento. As autoridades locais distanciam-se da limpeza nas machambas da comunidade, mas prometem seguir o caso para que as famílias beneficiem das compensações.
Nesta semana, a comunidade residente no povoado de Amamba, no distrito de Chibabava, em Sofala, viu as suas terras, onde praticam actividades agrícolas, invadidas por máquinas que fazem limpeza com intuito de implantar uma fábrica de cimento. Este acto está a incomodar os nativos, que segundo suas palavras, aguardavam por uma consulta pública e posterior compensação.
“Os chineses chegaram aqui e disseram que queriam esta área para construir fábrica (…) Nós aqui não temos outras machambas, não temos o que fazer”, reclamou Jeremias Zefanias, residente de Amamba.
Por aquilo que se pode ver no local, os dias das famílias têm sido de um lado as máquinas a trabalharem na limpeza das terras e do outro a comunidade que busca resposta sobre o que está a acontecer no terreno.
“Antes de ontem, eu recebi o programa de que está a vir o administrador ou o governador para fazer o lançamento da pedra. Então, eu perguntei a ele como é que vão fazer o lançamento de pedra quando ainda tem pessoas por indemnizar”, avançou Maquanda Sithole, líder comunitário de Amamba.
O “O País” tentou, sem sucesso, ouvir os responsáveis da referida empresa, pois ao aperceber-se da nossa presença colocaram-se nos seus veículos e abandonaram o local. Os que permaneceram disseram não ter autorização para falar com a imprensa.