Início Desporto Por conta de confusão na última rodada do Brasileirão, STJD pune Santos...

Por conta de confusão na última rodada do Brasileirão, STJD pune Santos com seis jogos de portões fechados e multa de R$ 100 mil

0
[imgep]

O STJD puniu o Santos com seis partidas com portões fechados e multa de R$ 100 mil, em julgamento que ocorreu nesta quarta-feira. O motivo se dá à situação ocorrida na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, no jogo entre Santos e Fortaleza. A sessão, que foi realizada por videoconferência, com início às 10h (de Brasília), contou com a presença do presidente do Santos Marcelo Teixeira.

A punição passará a entrar em vigor apenas no início da campanha da equipe na Série B. Portanto, os jogos na Vila Belmiro válidos pelo Campeonato Paulista continuarão recebendo a torcida do Santos.

O Santos foi julgado no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Luís Felipe Procópio, presidente da terceira comissão do STJD, liderou o julgamento, que também contou com a presença dos auditores Dr. Rafael Bozzano, Dr. Bruno Tavares, Dr. Alexandre Beck, Dr. Rodrigo Raposo e Dr. Cláudio Diniz.

Representando a procuradoria do STJD, o Dr. Rafael Bozzano culpou o Santos pela pouca segurança na partida, tendo em vista que o clube sabia do risco e da possibilidade da ocorrência de tais situações. Ele ainda relembrou diversas situações em que o Santos foi punido, colocando esse fator como a base das graves situações acontecidas na Vila Belmiro.

Após isso, o Santos apresentou vídeos como provas de defesa. Os materiais mostraram encontros entre as torcidas organizadas do clube com a polícia militar e ainda contam com falas de líderes das torcidas ressaltando a boa relação estabelecida com a polícia.

Bozzano, no entanto, contrariou o vídeo apresentado pelo clube, e seguiu colocando o Santos como principal culpado da situação, reafirmando a responsabilidade do clube pelas ações de sua torcida.

“Os torcedores que apareceram no vídeo são os mesmos que invadiram o campo. A conduta foi muito grave e o jogo teve que ser paralisado. Os árbitros foram escoltados até São Paulo logo após o jogo, nem trocaram de roupa […] As gravidades do artigo 213 são cristalinas”, disse.

Em seguida, Bozzano solicitou a pena máxima ao Santos, com perda de mando de campo de dez jogos e multa de R$ 100 mil.

O Santos foi derrotado pelo Fortaleza por 2 a 1, em jogo que selou o primeiro rebaixamento do clube. (Foto: Raul Baretta/ Santos FC)

O advogado Dr. Luís Eduardo Barbosa apresentou a defesa do Santos. Ele afirmou que o clube se precaveu para o jogo, contrariando a fala de Rafael Bozzano, e culpou a polícia militar.

“O clube fez a prevenção, mas a repressão não cabe a ele. Todo o staff de segurança levou os torcedores para fora do estádio, e criou zonas de proteção para os que não se envolveram nas brigas. O plano tinha as zonas de bloqueio do jogo. O incêndio foi do lado de fora, o estádio do Santos não possui estacionamento. O clube não tem poder para fazer uma repressão, apenas a polícia tem. O clube informou à polícia a carga de ingresso dos jogos. Todas as possibilidades de prevenção foram feitas pelo Santos. A polícia não fez a prevenção de forma adequada”, relatou.

Em seguida, Barbosa solicitou a absolvição do Santos no caso, alegando que a punição máxima causaria um certo desequilíbrio esportivo para o clube e para o campeonato no geral.

“O clube começar a campanha na Série B com uma pena elevada já gera um desequilíbrio esportivo para o clube e para o campeonato, o que não é objetivo desse tribunal. A defesa pede absolvição do Santos. Os fatos não deveriam ter ocorrido, o clube repudia de forma veemente a ocorrência deles. O Santos demonstrou de forma efetiva todas as providências necessárias e foi além”, disse.

Após a apresentação da defesa, os auditores realizaram seus respectivos votos. O presidente Luís Felipe Procópio determinou seis partidas com portões fechados ao Santos, além da multa de R$ 100 mil.

“Eu acredito que o Santos seja um dos exemplos em que essa penalidade (perda de mando do campo) não funciona por conta do clube levar vantagem em disputar o jogo em outro local. O Santos levaria uma vantagem esportiva econômica de jogar fora da Vila Belmiro, teria mais torcida e ganharia mais dinheiro”, disse, em relação à pena de não jogar na Vila Belmiro.

Após a confirmação da punição, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, se pronunciou a respeito da decisão tomada pelo STJD.

“Fiz questão de acompanhar a audiência. Não me manifestei anteriormente, pois não estava responsável pelo Santos em 2023. Os atos são gravíssimos, lamentáveis. Como vocês disseram, a Vila é um templo do futebol. Infelizmente, nos últimos dois anos, nós temos notado esse tipo de crimes que têm acontecido dentro ou fora da Vila Belmiro. Inadmissível isso acontecer. Reafirmo o compromisso do Santos Futebol Clube. Momento gravíssimo da nossa história, mas isso é reflexo das outras gestões que infelizmente levaram o Santos, dentro e fora dos gramados a ter esses acontecimentos dos últimos dois anos”, comentou.

Fonte: OneFootBall

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

Exit mobile version