Resumo
O Standard Bank organizou um evento em Maputo para discutir o impacto do Gás Natural Liquefeito (GNL) em Moçambique, reunindo representantes de operadores, decisores políticos e especialistas. O encontro destacou as oportunidades e desafios do GNL, salientando o potencial transformador do setor para a economia moçambicana. Espera-se que os projetos de GNL impulsionem o crescimento económico e a criação de empregos, mas as receitas significativas para o Estado só deverão surgir a partir de 2032 ou 2033. A colaboração entre o setor público e os operadores de gás foi enfatizada como crucial para maximizar as receitas e garantir um crescimento inclusivo. O Standard Bank reforçou o seu compromisso como parceiro estratégico de Moçambique, promovendo debates para impulsionar um crescimento económico sólido e sustentável.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O Standard Bank promoveu, recentemente, na cidade de Maputo, uma reflexão estratégica sobre o impacto do Gás Natural Liquefeito (GNL) na economia e na sustentabilidade de Moçambique. O encontro reuniu representantes dos principais operadores das Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, decisores políticos, especialistas e instituições financeiras, num debate centrado nas oportunidades e desafios que o GNL.
Na abertura, o administrador-delegado do Standard Bank, Bernardo Aparício, destacou a importância de criar plataformas de diálogo que aproximem diferentes perspectivas sobre o papel do GNL. “O objectivo do Standard Bank, enquanto líder de opinião no sector de Petróleo e Gás, é juntar decisores para um debate aberto sobre o impacto destes grandes projectos, identificando formas de criar um crescimento inclusivo e maximizar os benefícios para todo o País”, afirmou.
O encontro abordou o potencial transformador do GNL, sublinhando que estes investimentos — considerados os maiores do sector privado em África — podem posicionar Moçambique como um dos três maiores exportadores do continente. A nível local, espera-se que a indústria impulsione a criação de empregos, contratos com fornecedores nacionais e transferência de tecnologia.
O economista-chefe do Standard Bank, Fáusio Mussá, destacou na sua intervenção que os projectos de GNL deverão contribuir já nesta década para acelerar o crescimento económico e reforçar a oferta de moeda externa no mercado. Contudo, advertiu que “uma contribuição significativa para as receitas do Estado só deverá ocorrer a partir de 2032 ou 2033, à medida que diminuir o peso do reembolso do financiamento em alguns destes projectos”.
Um dos exemplos citados foi o Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, que durante a fase de construção deverá gerar 4,5 mil milhões de dólares em contratos com empresas nacionais, cerca de 800 milhões em receitas fiscais e criar aproximadamente 7.000 empregos para moçambicanos.
Durante o debate, os intervenientes defenderam a necessidade de acelerar reformas estruturais, reduzir a burocracia e reforçar a colaboração entre sector público e operadores de gás, de modo a potenciar receitas capazes de financiar um crescimento rápido e inclusivo. Foi igualmente sublinhada a importância de capacitar as Pequenas e Médias Empresas (PME), tornando-as competitivas para participar em toda a cadeia de valor do sector.
A iniciativa foi considerada uma oportunidade para aproximar sector privado, entidades governamentais e instituições financeiras, com vista a alinhar prioridades e identificar soluções conjuntas.
Com este encontro, o Standard Bank reafirma a sua posição de parceiro estratégico de Moçambique, promovendo debates que ajudem a remover obstáculos e a viabilizar um crescimento económico sólido, inclusivo e ambientalmente sustentável.
Fonte: O Económico