Resumo
Os preços do petróleo caíram novamente, com o Brent a descer 0,74% para 65,88 dólares por barril e o WTI a recuar 0,82% para 61,86 dólares, devido à expectativa de excesso de oferta global e abrandamento da procura nos EUA. A decisão da OPEP+ de aumentar as quotas de produção a partir de Outubro, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, contribui para o aumento da produção global. Apesar das tensões geopolíticas, o mercado enfrenta excesso de oferta e procura fraca. Nos EUA, os preços ao consumidor subiram em Agosto, levando à expectativa de cortes de taxa de juro pela Reserva Federal para estimular a economia. A Arábia Saudita planeia aumentar as exportações de crude para a China, enquanto a Rússia viu as receitas de exportação de petróleo caírem. Os relatórios da EIA dos EUA mostram um aumento das reservas de crude, reforçando a perceção de um mercado sobreabastecido.
Resumo gerado automaticamente em 12/09/2025 às 11:49
Os preços do petróleo voltaram a cair esta sexta-feira, ampliando as fortes perdas da sessão anterior, pressionados pela perspectiva de excesso de oferta no mercado global e por sinais de abrandamento da procura nos Estados Unidos.
O Brent desceu 0,74% para 65,88 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) recuou 0,82% para 61,86 dólares, prolongando a trajectória negativa iniciada no dia anterior.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a produção global deverá aumentar mais rapidamente do que o previsto, em resultado da decisão da OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e com a participação da Rússia, de elevar as quotas de produção a partir de Outubro. A decisão visa recuperar quota de mercado, mas pressiona os preços num contexto de já fraca procura.
Apesar das tensões geopolíticas no Médio Oriente e da guerra na Ucrânia, factores tradicionalmente de suporte aos preços, os fundamentos actuais apontam para um mercado em excesso de oferta e procura débil, disse a analista Priyanka Sachdeva, da Phillip Nova.
Nos Estados Unidos, dados recentes mostram que os preços ao consumidor subiram em Agosto ao ritmo mais alto dos últimos sete meses, ao mesmo tempo que aumentaram os pedidos de subsídio de desemprego. A expectativa é de que a Reserva Federal avance com cortes de taxa de juro já na próxima semana, numa tentativa de estimular a economia e, por essa via, a procura energética.
No mercado internacional, a Arábia Saudita prepara-se para aumentar significativamente as exportações de crude para a China, com a Aramco a enviar 1,65 milhões de barris/dia em Outubro, acima dos 1,43 milhões de Setembro. Já a Rússia viu as suas receitas de exportação de petróleo e derivados caírem em Agosto para um dos níveis mais baixos desde o início da guerra na Ucrânia.
Relatórios da Administração de Informação Energética dos EUA (EIA) também indicaram uma subida das reservas de crude norte-americanas em 3,9 milhões de barris, para um total de 424,6 milhões, reforçando a leitura de um mercado sobreabastecido.
Entre perspectivas de sobreoferta e riscos de curto prazo, o mercado petrolífero permanece altamente volátil, mas a pressão descendente tem-se revelado mais forte, anulando os ganhos ocasionais registados ao longo da semana.
Fonte: O Económico
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