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Preços do Petróleo Recuam com o Mercado Focado em Conversações EUA–Rússia sobre a Guerra na Ucrânia

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Questões-Chave:

Brent desce para 66,26 dólares e WTI recua para 63,49 dólares por barril;

Reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, marcada para 15 de Agosto no Alasca, poderá redefinir o quadro das sanções ao petróleo russo;

Possibilidade de maior afluxo de crude russo ao mercado global se houver acordo de paz;

Índia aumenta significativamente as compras de petróleo dos EUA, com arbitragem WTI para a Ásia ainda aberta;

Queda acentuada dos preços do produtor na China em Julho sinaliza fraqueza da procura e incerteza económica;

Declínio semanal de 4,4% no Brent e de 5,1% no WTI reflecte pessimismo económico e impacto de novas tarifas impostas por Washington.

Os preços do petróleo iniciaram a semana em queda, prolongando as perdas de mais de 4% registadas na anterior, com os investidores a aguardar o resultado das conversações agendadas para 15 de Agosto entre os Presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, que poderão abrir caminho a um eventual levantamento das sanções sobre o crude russo.

Em transacções asiáticas desta segunda-feira, o Brent recuou 33 cêntimos (–0,5%), para 66,26 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) caiu 39 cêntimos, fixando-se em 63,49 dólares. A pressão vendedora reflecte não apenas as expectativas em torno do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, no Alasca, mas também um cenário macroeconómico global de maior incerteza.

A reunião é vista como uma oportunidade para negociar o fim da guerra na Ucrânia e rever o regime de sanções que tem limitado a exportação de petróleo russo para os mercados internacionais. “Se as conversações falharem e o conflito se arrastar, o mercado poderá rapidamente adoptar uma postura optimista, com potencial para uma forte recuperação dos preços”, afirmou Sugandha Sachdeva, fundadora da consultora indiana SS WealthStreet.

O Presidente norte-americano estabeleceu recentemente um prazo para Moscovo aceitar um acordo de paz, sob pena de os compradores do seu petróleo enfrentarem sanções secundárias. Paralelamente, Washington intensificou a pressão sobre a Índia para reduzir as aquisições de crude russo.

Apesar disso, a Índia tem aumentado as compras de petróleo dos Estados Unidos. A consultora Energy Aspects estima que as refinarias indianas tenham adquirido 5 milhões de barris de WTI para carregamento em Agosto, com potencial para igual volume adicional consoante o resultado de concursos, e outros 5 milhões para Setembro. Com a arbitragem do WTI para a Ásia ainda favorável, Nova Deli deverá continuar a absorver crude norte-americano no curto prazo.

O sentimento do mercado é também influenciado pela aplicação de tarifas mais elevadas impostas por Donald Trump a importações provenientes de dezenas de países, medida que deverá pesar na actividade económica ao forçar mudanças nas cadeias de abastecimento e alimentar pressões inflacionistas.

No acumulado da semana finda a 8 de Agosto, o Brent recuou 4,4% e o WTI 5,1%. A direcção dos preços no curto prazo dependerá de factores como o resultado das negociações EUA–Rússia, os próximos discursos de responsáveis da Reserva Federal e a divulgação dos dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) dos Estados Unidos.

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p dir=”ltr”>Num sinal adicional de fragilidade económica global, dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China revelaram que os preços no produtor caíram mais do que o esperado em Julho, enquanto a inflação no consumidor permaneceu estagnada, reflectindo a fraqueza da procura interna e a incerteza comercial.

Fonte: O Económico

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