Na cerimónia de entrega de meios de transporte, a Primeira-Dama destacou o papel insubstituível dos líderes comunitários como mediadores entre o Estado e as comunidades.
“Este evento é de tão especial importância e de grande impacto para o quotidiano dos nossos queridos líderes comunitários. Os nossos líderes comunitários actuam como um elo entre as comunidades e o governo, buscando melhorias de soluções para os problemas locais”, afirmou.
Segundo Gueta Chapo, estes actores de base desempenham também funções essenciais na promoção da coesão social, participação cidadã e defesa dos interesses colectivos.
“Além disso, os líderes comunitários promovem a coesão social, a participação activa dos cidadãos e a defesa dos interesses colectivos, contribuindo para um ambiente mais justo e desenvolvido. Contamos com o vosso apoio na preservação dos valores culturais, manutenção da paz e da democracia”, acrescentou.
No mesmo contexto, a Primeira-Dama sublinhou que a entrega das bicicletas visa reconhecer o esforço diário destes líderes. “Por isso estamos aqui para enaltecer o vosso trabalho com esta singela oferta de bicicletas. Estas bicicletas vão ajudar bastante no trabalho que vocês têm realizado no dia-a-dia para o bem-estar da nossa comunidade, para o bem-estar da nossa sociedade”, disse, lembrando que o gesto responde a um pedido formulado no ano passado.
“Durante a campanha no ano passado, os nossos líderes pediram meios de circulação. E cá estamos hoje para fazer a entrega aos nossos líderes, porque vocês merecem. E também agradecermos pelo trabalho que vocês têm feito dia após dia”, frisou.
A ocasião serviu igualmente para um apelo à prevenção da nova doença MPOX: “Queremos ainda pedir à população moçambicana, a população de Lichinga, para continuarmos a seguir com todas as recomendações na prevenção da nova doença que surgiu, a MPOX. Todo o cuidado é necessário para que não possamos nos contaminar”.
Os líderes comunitários manifestaram a sua gratidão pela iniciativa e encorajaram a Primeira-Dama a dar continuidade a este tipo de acções, que consideraram de grande importância para melhorar o exercício das suas responsabilidades no seio das comunidades.
Mais tarde, a agenda da Primeira-Dama prosseguiu com uma visita ao Estabelecimento Penitenciário Provincial, onde levou mensagens de esperança às reclusas. “Viemos para dar força de vida, carinho e um abraço. E dizer que estamos convosco. Não estão sozinhas nesta luta, apesar de estarem aqui. A sociedade ainda vos ama. E eu vos amo muito, e não é por acaso que estou aqui”, declarou.
A esposa do Presidente da República enalteceu o facto de a cadeia feminina contar apenas com quatro reclusas, descrevendo a situação como um sinal positivo para a província. “Estão de parabéns, a província de Niassa, a população e as mulheres da província de Niassa. Estão de parabéns porque a cadeia não é um lugar para as mulheres. O lugar da mulher é em casa, educando a sua família, protegendo os seus filhos, cuidando do seu esposo. E quando pára neste local significa que alguma coisa falhou. E mesmo falhando nunca desistam de concretizar os vossos sonhos”, incentivou.
A Primeira-Dama apelou às reclusas a cumprirem a pena e seguirem em frente com nova determinação.
“Hoje estão aqui porque cometeram algum erro, e esse erro não pode prender a vossa mente, não pode prender o vosso futuro. Cumpram a pena, depois vão sair. E sigam para frente. Os vossos filhos estão à vossa espera, as vossas famílias estão à vossa espera, a sociedade está à vossa espera; à vossa espera não com a mesma mentalidade, mas diferente: mulheres conscientes, mulheres que não voltarão a cometer os mesmos erros que vos fizeram entrar neste local”.
Na ocasião, a Primeira-Dama entregou colchões, mantas e kits de dignidade, tendo destacado que a sua missão como esposa do Presidente da República é assegurar o bem-estar das mulheres, crianças e grupos vulneráveis.
Fonte: O País