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Primeira-Ministra destaca avanços de Moçambique na paridade de género, mas alerta para desafios persistentes

Resumo

A Primeira-Ministra de Moçambique, Benvinda Levi, realçou os avanços do país em termos de igualdade de género, destacando a conquista da paridade no Conselho de Ministros, considerada um marco histórico em África. Durante a Conferência de Líderes Mundiais sobre a Mulher, em Pequim, Levi afirmou que a paridade no Executivo não é apenas simbólica, mas reflete o compromisso do governo com a participação plena das mulheres nas decisões. Apresentou melhorias sociais, como o aumento da retenção escolar de raparigas e a redução da mortalidade infantil, mas alertou para desafios como as alterações climáticas e a violência de género. Apelou ao apoio internacional para manter os avanços e transformar a igualdade de género num pilar do desenvolvimento moçambicano.

Por: Alfredo Júnior

A Primeira-Ministra de Moçambique, Benvinda Levi, destacou os progressos alcançados pelo país em matéria de igualdade de género, sublinhando que Moçambique já atingiu a paridade no Conselho de Ministros, um marco considerado histórico no contexto africano. A declaração foi feita durante a Conferência de Líderes Mundiais sobre a Mulher, realizada em Pequim, por ocasião dos 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Beijing.

No seu pronunciamento, Levi afirmou que a paridade no Executivo não é apenas um gesto simbólico, mas o reflexo de um compromisso governamental com a participação plena das mulheres nos centros de decisão. Sublinhou que a atual composição do governo, com igual número de homens e mulheres, representa um passo importante na correção das assimetrias históricas no acesso ao poder político.

A Primeira-Ministra apresentou ainda indicadores sociais que demonstram melhorias concretas, nomeadamente o aumento da retenção escolar de raparigas, que passou de cerca de 17 por cento para aproximadamente 50 por cento nos últimos anos, e a redução da mortalidade infantil de 97 para 77 óbitos por mil nascimentos. Estes dados, segundo Levi, evidenciam que as políticas públicas têm produzido impacto direto na vida das famílias moçambicanas.

Contudo, advertiu que os ganhos alcançados continuam vulneráveis diante de fenómenos como as alterações climáticas, os conflitos armados e a persistência da violência baseada no género. Levi apelou à comunidade internacional para reforçar o apoio aos países africanos, a fim de garantir que a luta pela igualdade não retroceda em momentos de crise.

Apesar do reconhecimento internacional, Moçambique é frequentemente citado pelas Nações Unidas como exemplo na paridade governativa, o país enfrenta desafios estruturais. Entre eles, destacam-se as uniões prematuras, os casamentos forçados, a desigualdade no acesso ao emprego formal e a necessidade de consolidar mecanismos de proteção contra todas as formas de violência sobre mulheres e raparigas.

A presença da Chefe do Governo nesta cimeira reforça a intenção de Moçambique em posicionar a igualdade de género como pilar estratégico do desenvolvimento nacional, transformando representatividade política em transformação social duradoura.

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