Por: Gentil Abel
É preocupante a recente notícia que fala da avaria do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), supostamente recém-adquirido, o Bombardier Q400 C9A-UV. A aeronave descolou de Maputo, às 7h10, com destino à cidade da Beira. Porém, após quase uma hora de voo, o comandante anunciou o regresso à capital devido a um problema técnico. Sendo que, a cabine não estava a funcionar corretamente, ou seja, a pressão do ar dentro do avião não se mantinha nos níveis ideais para a altitude.
E para garantir a segurança de todos, o piloto optou por regressar ao Aeroporto Internacional de Mavalane. Contudo, antes da aterragem, a aeronave foi obrigada a circular durante algum tempo para queimar combustível, já que se encontrava muito pesada para uma descida segura. Só após atingir o peso máximo de aterragem é que o comandante tentou a manobra.
A tensão não terminou aí. Depois da primeira aterragem, seguiu-se uma nova tentativa de voo. Mas, passados cerca de 30 minutos no ar, o comandante voltou a anunciar o regresso ao Aeroporto, numa segunda interrupção inesperada.
Este episódio lança sérias dúvidas sobre o estado da recém aeronave Bombardier Q400 C9A-UV, e da segurança dos passageiros, porque trata-se de uma questão que envolve vidas humanas. Pois, um incidente desta magnitude, se não for tratado com a máxima seriedade, pode custar a vida de muitos moçambicanos.
Desta feita, o episódio do Bombardier Q400 C9A-UV deve servir de alerta, pois, a segurança aérea em precisa ser olhada com máxima seriedade e preocupação. A confiança na LAM e no sistema de aviação nacional só será restaurada com transparência, rigor e responsabilidade.