Emma Raducanu confessou que «não conseguia ver a bola por causa das lágrimas» e sentia «dificuldades em respirar» no momento em que pediu à árbitra de cadeira para interromper o encontro com Karolina Muchova, da segunda ronda do Open do Dubai, depois de ter identificado, nas bancadas, um indivíduo que a havia importunado por duas vezes durante o torneio.
O caso ocorreu a 18 de fevereiro deste ano, nos Emirados Árabes Unidos, onde Raducanu confessou ter vivido uma «situação muito emocional».
«Vi-o logo no primeiro jogo da partida (frente a Muchova) e pensei: “Não sei como vou conseguir acabar isto”. Literalmente, não conseguia ver a bola devido às lágrimas. Eu quase não conseguia respirar. Tinha de parar para recuperar o fôlego», explicou a tenista britânica, de 22 anos, na antevisão à participação no torneio de Indian Wells, nos Estados Unidos da América.
A partida foi retomada depois de o referido adepto ter sido retirado da bancada, com Raducanu a acabar derrotada por Karolina Muchova com parciais apertados: 7-6 e 6-4.
«Depois do jogo, desfiz-me em lágrimas, e não por causa da derrota. As emoções eram tantas por tudo o que tinha acontecido que foi importante ter tirado uma semana para espairecer e poder estar aqui», revelou Emma Raducanu.
A tenista contou ainda que o homem, que foi banido de todos os torneios do circuito WTA, tinha estado nos eventos de Singapura, Abu Dhabi e Doha, que antecederam o Open do Dubai. Posteriormente, a jovem decidiu deixar cair as queixas contra o perseguidor, que foi detido pelas autoridades locais.
Emma Raducanu (55.ª no ranking mundial) marca presença no torneio WTA 1.000 de Indian Wells, na Califórnia, que arranca esta quarta-feira. Na primeira ronda, vai defrontar a japonesa Moyuka Uchijima (52.ª).
Fonte: CNN Portugal