A acção foi levada a cabo pela organização não-governamental Actionaid, em coordenação com as lideranças comunitárias locais. A gestora do programa Prioridades das Mulheres e Educação na organização, Clotilde Noa, disse que para o presente ano está em curso o mapeamento das zonas suspeitas de ter maior número de raparigas fora do circuito escolar nos 23 distritos da província, num trabalho que envolve também a Visão Mundial-Moçambique e a rede Homens pela Mudança.
Concluído o cadastro das raparigas, as listas com os respectivos nomes serão encaminhadas às direcções distritais de Educação, Juventude e Tecnologia para que sejam reintegradas e completem a escolaridade obrigatória.
A fonte enalteceu o papel das lideranças comunitárias na persuasão das famílias para as raparigas regressarem à escola, na perspectiva de promoção da igualdade de género.
Clotilde Noa prestou a informação há dias, em Nacarôa, na III Conferência Distrital da Rapariga. O evento, promovido pela Actionaid, juntou 150 participantes, entre líderes comunitários, membros dos “espaços seguros” e representantes dos sectores da Educação, Saúde, Agricultura e Procuradoria da República
O facilitador do evento, Abílio Paposseco, afirmou que a expectativa é de que as raparigas recuperadas e os agentes das várias comunidades da região, intervenientes no processo, façam posteriormente a réplica dos conhecimentos adquiridos, de modo a contribuir para uma cidadania activa e promoção dos direitos da rapariga na escola.
Paposseco destacou ainda o contributo dos tribunais comunitários na resolução de conflitos envolvendo crianças, mulheres e raparigas jovens.
Fonte: Jornal Noticias