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Thursday, November 6, 2025
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Relatório da OMS alerta para a persistência da obesidade infantil na Europa

Resumo

O novo relatório da OMS revela que a obesidade infantil na Europa permanece alta, afetando milhões de crianças e aumentando o risco de doenças crónicas. Embora haja sinais de estabilidade em alguns países, o excesso de peso continua a ser um problema grave, com uma em cada quatro crianças com excesso de peso e uma em cada dez obesas. O estudo também destaca casos de desnutrição, mostrando desigualdades persistentes. Menos de 5% das crianças consomem a quantidade recomendada de frutas e legumes, enquanto alimentos não saudáveis, como doces e refrigerantes, são comuns. A OMS apela a políticas de prevenção da obesidade, como impostos sobre alimentos açucarados e melhores padrões nutricionais nas escolas, para proteger a saúde das crianças na região.

O novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, baseado na 6ª ronda do estudo da Iniciativa Europeia de Vigilância da Obesidade Infantil, Cosi, da OMS, mostra que a epidemia de obesidade em crianças na Europa permanece elevada.

Apesar de sinais de estabilidade em alguns países, o excesso de peso continua a afetar milhões de crianças e ameaça aumentar doenças crônicas incluindo diabetes e problemas cardiovasculares. O estudo analisou dados de mais de 470 mil crianças de países europeus.

Uma em quatro crianças tem excesso de peso

Um em cada quatro menores entre 7 e 9 anos apresentava excesso de peso e uma em cada 10 crianças vivia com obesidade. Em algumas nações europeias, a taxa é de 1 em cada cinco.

Embora a tendência geral pareça estável, os aumentos superam as reduções. Pela primeira vez, o COSI também relatou casos de magreza, revelando que a desnutrição e o excesso de peso coexistem em vários contextos, refletindo desigualdades persistentes entre e dentro dos países.

Os dados mostram uma percepção distorcida por parte dos pais. Quase dois terços das crianças com excesso de peso eram vistas como tendo peso normal ou abaixo do normal.

Em todos os países com dados disponíveis, mais de metade dos pais de crianças com excesso de peso subestimavam o peso dos seus filhos.

Um terço das crianças do ensino básico nas áreas analisadas vive com sobrepeso ou obesidade
© UNICEF/Zhanara Karimova

Alimentação desequilibrada e consumo online

Menos de 5% das crianças cumprem a recomendação de comer cinco porções diárias de frutas e legumes. Apenas 46% consomem frutas frescas todos os dias e 32% comem vegetais ao menos uma vez por dia.

Os alimentos não saudáveis continuam comuns: 41% das crianças consomem doces e 29% refrigerantes açucarados regularmente.

Os hábitos alimentares estão ligados ao contexto socioeconómico, crianças de famílias com maior escolaridade tendem a ter dietas mais saudáveis, enquanto as de pais com menor escolaridade consomem mais produtos açucarados e salgados.

Nos 18 países analisados, mais de metade das famílias raramente encomendava comida online, mas 39% o faziam ao menos uma vez por mês, indicando maior dependência de refeições prontas.

Atividade física, tempo online

53% das crianças vai para a escola de forma ativa – a pé, de bicicleta ou de patins –, enquanto 40% usavam transporte motorizado. As de famílias com menor nível de escolaridade são as que mais utilizam transporte ativo.

Quase todas as crianças brincam ativamente por pelo menos uma hora por dia, e 89% dormem nove horas ou mais, embora menos da metade atinja as 10 horas recomendadas.
Durante a semana, 42% das crianças passam ao menos duas horas por dia em frente a telas, número que sobe para 78% nos fins de semana.

Apelo à ação

O diretor de Prevenção e Promoção da Saúde da OMS/Europa, Gundo Weiler, afirmou que “o reforço e a ampliação das políticas de prevenção da obesidade baseadas em dados concretos são uma parte essencial deste esforço, e cruciais para proteger a saúde e o bem-estar das crianças em toda a nossa região.”

As políticas recomendadas pela OMS para enfrentar o desafio da obesidade incluem políticas fiscais, como impostos sobre bebidas e alimentos açucarados, restrições à comercialização de alimentos não saudáveis, rotulagem clara dos alimentos e melhores padrões nutricionais para as refeições escolares. 

Fonte: ONU

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