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Tuesday, November 4, 2025
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Rússia Impulsiona Pausa da OPEP+ na Produção de Petróleo e Arábia Saudita Não se Opõe

Resumo

Moscovo e Riade apoiam a suspensão dos aumentos de produção de petróleo no primeiro trimestre de 2026, devido a sanções ocidentais e receios de excesso de oferta. A OPEP+ decidiu manter estáveis as metas de produção, com a Rússia a liderar o pedido de pausa devido às sanções que limitam a sua capacidade de exportação. A Arábia Saudita também concordou com a decisão, considerando o primeiro trimestre um período de procura mais fraca. A organização teme um excedente de oferta em 2026, com previsões de até 4 milhões de barris por dia, o que poderá manter os preços do petróleo sustentados, mas também aumentar a incerteza no mercado energético global.

Moscovo defendeu a suspensão dos aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, num contexto de sanções ocidentais e receios de excesso de oferta, encontrando apoio tácito de Riade.

A OPEP+ decidiu manter estáveis as metas de produção de petróleo durante o primeiro trimestre de 2026, após um pedido da Rússia para suspender o aumento previsto, face às dificuldades impostas pelas sanções ocidentais e aos receios de um excesso de oferta global.

De acordo com fontes internas da organização, citadas pela Reuters, a Rússia foi a principal impulsionadora da proposta de pausa, defendendo que as sanções recentemente impostas pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia limitam a sua capacidade de aumentar a produção e exportação de crude.

A decisão de manter os níveis de produção actuais — acordada na reunião de domingo — também agradou à Arábia Saudita, principal produtor da aliança, uma vez que o primeiro trimestre é tradicionalmente um período de procura mais fraca e de acumulação sazonal de inventários.

A OPEP+ tem vindo a aumentar a produção desde Abril de 2025, num total acumulado de 2,9 milhões de barris por dia, o equivalente a cerca de 2,7% da oferta mundial, numa estratégia para recuperar quota de mercado. Contudo, o ritmo de aumento foi abrandado a partir de Outubro, perante previsões de excedente de oferta no mercado.

“As preocupações com um excesso persistente de oferta são reais e cada vez mais visíveis nos nossos mercados de exportação”, afirmou um delegado da OPEP+, sublinhando que o primeiro semestre de 2026 apresenta uma perspectiva de fraca procura.

Segundo a International Energy Agency (IEA), o mercado poderá registar um excedente de cerca de 4 milhões de barris por dia, o equivalente a quase 4% da procura global. A própria OPEP estima um equilíbrio ténue entre oferta e procura, mas os analistas do Morgan Stanley consideram que “não é invulgar” a organização adoptar uma postura cautelosa no primeiro trimestre.

Esta não é a primeira vez que o cartel e os seus aliados decidem adiar aumentos de produção. Em Dezembro de 2024, a OPEP+ havia já adiado por três meses o incremento de quotas planeado, aguardando uma recuperação da procura e do tráfego aéreo no hemisfério norte.

Apesar do objectivo de aumentar a produção, muitos membros encontram-se já a operar perto da sua capacidade máxima, o que faz com que as subidas reais sejam inferiores aos valores oficiais anunciados.

“Os barris adicionais que entrarão efectivamente em Dezembro serão muito inferiores ao número de referência, porque todos os produtores — excepto a Arábia Saudita — estão essencialmente no limite”, observou Helima Croft, analista da RBC Capital.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A decisão oferece à OPEP+ maior margem de manobra para avaliar o impacto das sanções sobre a produção russa e evitar um potencial desequilíbrio entre oferta e procura logo no início de 2026 — um cenário que, a manter-se, poderá sustentar os preços do petróleo no curto prazo, mas também prolongar a incerteza no mercado energético global.

Fonte: O Económico

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