A SAD do FC Porto encerrou o primeiro semestre de 2024/25 com um resultado líquido positivo de 334 mil euros.
O relatório e contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira diz respeito ao período entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2024, sob a administração de André Villas-Boas. Por isso, as verbas relativas às transferências do último mercado de inverno – como os 50 milhões de euros recebidos por Galeno e os 60 milhões da venda de Nico González – ainda não são contabilizadas neste relatório.
O resultado líquido positivo está ainda distante dos 35 milhões de euros do período homólogo de 2023/24.
«A redução de cerca 35 ME reflete uma redução de receitas com competições europeias de quase 40 ME, fruto da não participação na Liga dos Campeões, além de uma redução no resultado de transações com passes de jogadores de cerca de 12 ME, dada a venda muito expressiva de Otávio no período homólogo da época passada», refere a SAD azul e branca num dos documentos enviados à CMVM.
Os portistas apontam ainda que, sem essas variáveis, o resultado deste relatório suplanta em 17 milhões o valor atingido na primeira metade de 2023/24, com Pinto da Costa. «É resultado de um aumento expressivo de receitas operacionais (excluindo receitas da UEFA) de cerca de nove milhões de euros, assim como uma redução de custos operacionais de cerca de seis milhões de euros e uma redução de impostos de quase três milhões de euros.»
O resultado operacional antes de transações de passes de jogadores atingiu os 2,8 milhões de euros, contra os 27 milhões verificados no período homólogo.
«Excluindo o efeito da diferença de participação entre Liga dos Campeões e Liga Europa, o resultado operacional, excluindo resultados com passes, apresenta uma melhoria de quase 15 milhões de euros, resultado de uma redução de custos – pelo decréscimo dos custos com o pessoal e dos fornecimentos e serviços externos -, e um aumento das receitas», justifica a SAD portista.
O ativo situou-se nos 500,6 milhões de euros, com um acréscimo de 93,5 milhões, enquanto o passivo ficou nos 547,9 milhões de euros, registando uma subida de 27,1 milhões.
«O capital próprio consolidado recuperou 66,4 milhões de euros face a 30 de junho e atingiu, em 31 de dezembro, o valor negativo de 47,4 milhões de euros. Esta recuperação deve-se, essencialmente, à alienação de 18,5por cento das ações da Porto StadCo, correspondentes a 30 por cento dos direitos económicos desta sociedade, por 65 milhões de euros, valor que pode atingir um máximo de 100 milhões de euros», aponta o relatório e contas.
Já a dívida financeira era de cerca de 251 milhões de euros no último dia do ano passado, ou seja, aumentou quase sete milhões de euros, justificados pela SAD, em parte, com o empréstimo obrigacionista de 115 milhões e a nova emissão de obrigações de retalho, no mercado nacional, de quase 21 milhões..
«Com esta reestruturação financeira, o Grupo conseguiu um aumento da maturidade média da dívida e uma redução do custo médio de financiamento, permitindo-lhe ainda reduzir o restante passivo, nomeadamente fornecedores, num total de 49.705m€», lê-se.
Fonte: Mais Futebol