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Sequans Vende 100 Milhões de Dólares em Bitcoin Para Reduzir Dívida e Reforçar Tesouraria

Resumo

A fabricante de semicondutores Sequans Communications, cotada na Bolsa de Nova Iorque, vendeu 970 Bitcoins, avaliados em 100 milhões de dólares, para reduzir a dívida em 50% e fortalecer a tesouraria, mantendo a convicção de longo prazo na criptomoeda. A empresa, sediada em Paris, conserva ainda 2.264 Bitcoins como reserva estratégica. Apesar da venda, a estratégia digital da Sequans permanece, com o CEO Georges Karam a afirmar que a intenção é usar o Bitcoin como ativo estratégico, não especulativo. A venda resultou numa queda de 16,6% nas ações da empresa, refletindo preocupações de curto prazo dos investidores. A Sequans junta-se a mais de 200 empresas que seguem o modelo da MicroStrategy, investindo em Bitcoin como forma de diversificação, apesar dos desafios de volatilidade e regulação associados às criptomoedas.

A fabricante de semicondutores, cotada na Bolsa de Nova Iorque, alienou 970 Bitcoins quatro meses após adoptar uma estratégia de tesouraria digital. A decisão permitiu cortar a dívida em 50%, preservando, contudo, a convicção de longo prazo na criptomoeda.

A fabricante de semicondutores Sequans Communications, cotada na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), anunciou a venda de 970 Bitcoins, avaliados em 100 milhões de dólares, com o objectivo de amortizar dívida e fortalecer a tesouraria.
A medida surge apenas quatro meses após a empresa ter adoptado uma estratégia de activos digitais que incluía o Bitcoin como reserva estratégica de longo prazo.

Sequans Reduz Dívida em 50% Após Venda Parcial de Bitcoin

A decisão da empresa, sediada em Paris, permitiu reduzir a dívida corporativa em metade, passando de 189 para 94,5 milhões de dólares.
Em comunicado, a Sequans explicou que a transacção “fortalece a base financeira e remove restrições associadas a cláusulas de endividamento”, abrindo espaço para novas iniciativas estratégicas.

“Esta operação foi uma decisão táctica, concebida para libertar valor para os accionistas e fortalecer a nossa estrutura financeira. A nossa convicção em relação ao Bitcoin mantém-se inalterada”, afirmou o CEO Georges Karam.

A empresa conserva ainda 2.264 Bitcoins, avaliados em aproximadamente 228 milhões de dólares, com intenção de manter esses activos como reserva de longo prazo.

Estratégia Digital Mantém-se Apesar da Venda

A Sequans esclareceu que a venda não representa uma inversão de política, mas um ajuste táctico num contexto de condições de mercado desafiantes.

“A venda de parte das nossas reservas em Bitcoin permite-nos continuar a desenvolver o negócio com prudência e visão de longo prazo”, referiu Karam, sublinhando que o objectivo é usar o Bitcoin como activo estratégico de reserva, não como instrumento especulativo.

Apesar da redução de dívida, as acções da Sequans (SQNS) registaram uma queda de 16,6% após o anúncio, reflectindo preocupações de curto prazo por parte dos investidores.

Empresas Listadas Mantêm Aposta em Tesourarias Digitais

A Sequans é hoje uma das mais de 200 empresas cotadas que seguem o modelo inaugurado pela MicroStrategy — actualmente rebatizada como Strategy — que desde 2020 canaliza lucros corporativos para a compra de Bitcoin.

A Strategy é hoje o maior detentor corporativo da criptomoeda, com 641.205 Bitcoins, avaliados em cerca de 64 mil milhões de dólares, após ter investido 47,4 mil milhões desde 2020.
Este movimento inspirou dezenas de empresas a adoptarem o Bitcoin e outros activos digitais como instrumento de diversificação e de valorização do capital próprio.

No entanto, analistas alertam que a volatilidade das criptomoedas e a pressão regulatória podem tornar esta estratégia inadequada para empresas sem sólida capacidade de absorção de risco.

Entre a Prudência e a Convicção no Bitcoin

A decisão da Sequans ilustra o duplo desafio das tesourarias digitais: equilibrar gestão prudente de liquidez com convicção estratégica em activos digitais de longo prazo.
Embora a venda parcial tenha causado uma reacção negativa imediata nos mercados, analistas consideram que a redução de dívida e o reforço do balanço posicionam a empresa para atravessar períodos de volatilidade com maior resiliência.

“A Sequans está a ajustar o leme, não a mudar de rumo”, comentou um analista ouvido pela Decrypt. “A disciplina financeira é compatível com a visão de longo prazo no Bitcoin.”

Bitcoin Como Activo Estratégico de Reserva

O caso da Sequans reforça o debate sobre o papel do Bitcoin nas tesourarias corporativas.
Apesar das críticas sobre o risco de exposição a activos voláteis, a experiência de empresas como Strategy e Sequans mostra que a integração do Bitcoin pode funcionar como instrumento de preservação de valor e diversificação de portfólio, desde que acompanhada de gestão prudente e política de risco clara.

Num mercado ainda em consolidação, o movimento da Sequans pode ser visto como um sinal de maturidade — um esforço para equilibrar inovação digital e solidez financeira.

A decisão da Sequans confirma uma tendência crescente entre empresas que procuram equilibrar inovação digital e prudência financeira.
Ao ajustar a sua estratégia de tesouraria sem abdicar da convicção no Bitcoin, a empresa evidencia que a adoção corporativa de activos digitais entrou numa nova fase: menos especulativa, mais estratégica e institucionalizada.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Mais do que uma operação pontual, o caso da Sequans ilustra a maturidade de um movimento que já redefine as fronteiras da gestão de activos, da liquidez e da estrutura de capital corporativo.

Fonte: O Económico

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