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Monday, October 6, 2025
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Sociedade civil junta-se ao Diálogo Nacional para a paz

Resumo

A Comissão Técnica do Diálogo Nacional vai iniciar o processo de auscultação pública na próxima segunda-feira, abrangendo as províncias e a diáspora, com o objetivo de restaurar a coesão nacional após uma crise política. A auscultação será inclusiva e aberta a todos os interessados, com foco na participação de pessoas com deficiência, mulheres e contribuições científicas. Organizações da sociedade civil partilharam propostas para enriquecer o diálogo, destacando a importância do respeito pelos direitos humanos e da integração de conhecimento técnico e académico. Após a auscultação, os participantes deverão apresentar propostas para as mesas de diálogo, visando a coesão nacional e a reconciliação. O processo é considerado uma oportunidade histórica para resolver tensões políticas no país.

A Comissão Técnica do Diálogo Nacional anunciou nesta sexta-feira, que o processo de auscultação pública vai arrancar na próxima segunda-feira, tanto nas províncias como na diáspora. O anúncio foi feito durante um encontro com organizações da sociedade civil, que manifestaram o interesse de se integrar formalmente no processo que visa restaurar a coesão nacional, abalada por uma crise política sem precedentes.

O presidente da Comissão Técnica do Diálogo Nacional, Edson Macuácua, garantiu que a auscultação será inclusiva e aberta a todos os sectores interessados. “Vamos iniciar a auscultação já na segunda-feira, abrangendo todo o território nacional e as comunidades na diáspora. Esta é uma fase crucial para ouvirmos todas as sensibilidades da sociedade”, declarou.A partir deste sábado, inicia a alocação das brigadas da Comissão nas províncias.

No mesmo encontro, diversas organizações da sociedade civil partilharam propostas para enriquecer o processo do diálogo nacional. Entre as prioridades apresentadas estão a inclusão efectiva de pessoas com deficiência, a participação activa das mulheres, a integração de contribuições científicas, o respeito pelos direitos humanos e a realização de estudos paralelos que acompanhem o processo.

O representante da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Albachir Macassar,, destacou que “é fundamental que o diálogo seja sustentado por uma base de respeito pelos direitos humanos e que não exclua nenhum grupo da sociedade, também focados na paz e coesão nacional.”

Por sua vez, o politólogo Flávio Quembo, da Associação dos Cientistas Políticos, enfatizou a importância de se incorporar conhecimento técnico e académico ao processo: “Queremos que este diálogo seja também científico, baseado em dados, estudos e análises que permitam decisões mais sólidas e sustentáveis, para se ter diálogo como solução.”

Paula Monjane, directora do programa Aliadas, defendeu uma maior presença de mulheres nas fases decisórias. “A paz e a reconciliação só serão duradouras se forem construídas com as mulheres à mesa. Não pode haver inclusão parcial”, afirmou.

O presidente da Comissão Técnica saudou a iniciativa da sociedade civil e encorajou o grupo a apresentar propostas concretas. “Este é um espaço aberto. A Comissão Técnica acolhe de forma positiva todas as contribuições e apela à apresentação de ideias estruturadas que possam alimentar as futuras fases do processo”, frisou Edson Macuácua.

Após a auscultação, os grupos participantes deverão apresentar propostas que irão sustentar as mesas de diálogo em busca da coesão nacional.

O processo do Diálogo Nacional é visto como uma oportunidade histórica para resolver as tensões políticas e promover a reconciliação efectiva no país.

Fonte: O País

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