Sporting: do banho de realidade ao tabu Gyokeres

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Viktor Gyokeres não evita o corte de Nico Schlotterbeck, do Borussia Dortmund, em Alvalade

Segunda parte dos alemães resolveu jogo e provavelmente a eliminatória. Gyokeres entrou, mas continua a levar a perguntas insistentes e à resposta que promete virar ‘meme’: «Eu não sou médico…»

Um Dortmund, mesmo este ferido e ainda a organizar-se de acordo com as ideias do novo treinador, e que habita abaixo do meio da tabela da Bundesliga, seria sempre rival temível. E, se na primeira parte, Harder, Maxi e João Simões, pelo menos estes, ainda pareceram querer sublinhar o mau momento dos alemães com um punhado de oportunidades, umas mais claras do que outras, a segunda, pelo controlo absoluto dos visitantes, não deixou margem para dúvida.

O Sporting, pelo menos este sem Hjulmand, que tem Morita e Gyokeres para 30 e poucos minutos, e não conta há semanas a fio com um dos seus melhores jogadores, Pedro Gonçalves, não está ao mesmo nível. E não saberemos se um a cem por cento estaria, embora acredite que tal fosse possível. O 0-3 deixa os oitavos atrás de uma muralha amarela extremamente difícil de derrubar.

Niko Kovac, alguém que na Croácia, no Eintracht e até no Bayern se notabilizou pela capacidade de levar para dentro de campo equipas sempre muito bem-organizadas, conseguiu com o tempo ir montando uma teia a que os leões não conseguiram fugir.

Na segunda parte, o técnico preencheu bem o espaço no meio-campo, subiu linhas e impediu que os da casa usassem o corredor interior. Ao travar inúmeras saídas, o Dortmund também entrou na cabeça dos jogadores leoninos.

A pressão sobre o portador começou a falhar, a bola ficou descoberta e, a partir daí, a qualidade individual dos avançados do emblema germânico sobressaiu: Brandt cruzou à vontade para uma cabeçada extraordinária de Guirassy; a mobilidade do guineense causou superioridade numérica à direita e à-vontade suficiente para cruzar para a emenda de Gross; e a dupla AdeyemiBrandt bastou para assinar a simples transição ofensiva que fechou o resultado.

Rui Borges guardou Morita e Gyokeres para dar segundo abanão no jogo, porém foi depois das substituições que os alemães marcaram e o efeito não se deu. Tanto o sueco como o japonês parecem muito longe do que já foram, com o técnico a manter um tabu inexplicável sobre a condição física do primeiro. É verdade que não é médico, mas há alguns no clube que podem esclarecê-lo em comunicado.

Porque, sim, há jogadores que jogam lesionados, sobretudo quando são importantes, como é o caso. Ao não se revelar o motivo, ensombra-se a questão, tornam-na até mais grave do que poderá ser. Isto se realmente não o for. 

Fonte: A Bola

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