Rui Borges cumpriu nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, 50 dias de Sporting. O técnico transmontano assumiu o comando da equipa após um mau período com João Pereira que ditou a perda da liderança da Liga. Recuperou-a, à entrada para a jornada 22 da Liga tem quatro pontos de vantagem sobre o Benfica, o mais direto perseguidor, mas perdeu também a final da Taça da Liga e tem a presença na Liga dos Campeões seriamente comprometida após a derrota por 3-0 em casa no jogo da 1.ª mão do play-off diante do Borussia Dortmund.
Desde a saída de Ruben Amorim, em novembro passado, o Sporting não voltou aquilo que muitos adeptos leoninos consideravam que era: uma super-equipa.
«Se posso prometer aos adeptos que o Sporting vai voltar a ser uma super-equipa comigo? Aos adeptos prometo trabalho e lutar para ganhar todos os jogos e ser campeão. E quero que sejamos uma grande equipa. Para já, somos a melhor porque vamos à frente. (…) O Sporting é a melhor equipa [do campeonato]. Vai em primeiro, ponto final. Em relação à super-equipa, depende daquilo que é para vocês uma super-equipa e o que é para mim. Compete-me chegar ao fim e o que mais querem os sócios é o que eu mais quero: sermos campeões, de certeza absoluta», afirmou Rui Borges na antevisão ao jogo com o Arouca em Alvalade.
O treinador dos leões reconheceu que o elevado número de lesões e o desgaste acumulado tem sido um obstáculo.
«A nível da UEFA somos a equipa com maior média de jogos em termos mensais. Uma média de 6,2 ou 6,4. O resto está em 5 ponto qualquer coisa. O Sporting é a equipa, se calhar, com mais tempo de jogo da Europa. Estou aqui há um mês e meio e fiz dois treinos aquisitivos e com intensidade. É difícil. (…) A equipa está cansada porque temos tido algumas lesões e os jogadores têm feito vários jogos seguidos. O Morten [Hjulmand] parou agora ao fim de 15 jogos seguidos a fazer 90 minutos. Eles não são máquinas, são seres humanos e o cansaço existe. Vê-se bem em vários comportamentos», vincou.
E acrescentou: «No jogo com o Dortmund, o Sporting campeão teve sete titulares de fora. Morten, Viktor, Pote, Morita, Inácio, Nuno Santos e Geny Catamo. Olhem para as coisas de forma geral. Com jogadores adaptados, com tudo o que tem envolvido este passado recente em termos de lesões e de jogos, é normal que a equipa se ressinta.»
«Os jogadores têm sido fantásticos. Tirando a Liga dos Campeões, no campeonato estamos muito bem. Chegámos com menos um ponto e estamos quatro à frente. Somos o melhor ataque, não éramos a melhor defesa e somos agora», constatou ainda, confiante de que daqui para a frente haverá condições para que o Sporting melhore.
«Acreditamos que com o passar do tempo vamos ficando melhores. Vamos tentando recuperar malta para ter mais gente e responder de melhor forma na reta final do campeonato.»
Fonte: Mais Futebol