A Autoridade Reguladora do Petróleo da Tanzânia (PURA) anunciou que vai leiloar, no próximo mês de Março, um total de 26 blocos de exploração de petróleo e gás. A medida visa atrair investidores e impulsionar a busca por recursos energéticos, fundamentais para o crescimento económico do País.
Inicialmente, o leilão estava previsto para o final de 2024, mas foi adiado. Agora, segundo Charles Sangweni, Director- Geral da PURA, a licitação será realizada a 6 de Março, em paralelo com a Conferência de Petróleo e Gás da Comunidade da África Oriental (EAC), que ocorrerá em Dar es-Salaam.
Blocos Estratégicos e Potencial de Descobertas
Dos 26 blocos, 23 estão situados no Oceano Índico e três no Lago Tanganica, ampliando as oportunidades de exploração tanto offshore quanto em águas interiores.
Sangweni recordou que os leilões anteriores, realizados em 2000, 2004, 2008 e 2013, resultaram na descoberta de importantes reservas de gás natural, que hoje são utilizadas em diversos sectores da economia tanzaniana.
“Estabelecemos uma meta de nove meses para atrair investidores até o final de 2025. A nova fase de exploração de gás está alinhada à campanha da Presidente Samia Suluhu para promover energia limpa para cozinhar”, afirmou Sangweni.
A Tanzânia detém 57,54 triliões de pés cúbicos de reservas comprovadas de gás natural, sendo actualmente um dos principais fornecedores de energia para a região.
Aposta no Desenvolvimento Energético
A Vice-Ministra da Energia, Judith Kapinga, reforçou que o leilão será crucial para acelerar o investimento e a exportação de petróleo e gás, garantindo mais recursos para o orçamento nacional.
A decisão surge num momento em que a Tanzânia ganhou visibilidade global com os importantes descobrimentos de gás em Songosongo e na Baía de Mnazi. O País pretende utilizar esses recursos para atingir o topo dos exportadores africanos de energia até 2050.
O leilão representa uma oportunidade significativa para investidores do sector de petróleo e gás, num contexto de crescente procura global por fontes de energia seguras e sustentáveis.
Fonte: O Económico