Destaques
A arquitectura de crescimento do Moza Banco passa hoje por um eixo decisivo: tecnologia e inovação digital. Após quatro anos de reestruturação interna, a instituição projeta agora uma nova fase baseada na transformação digital, aumento de eficiência operacional, aposta na segurança cibernética e ambição de concorrer directamente com operadores não bancários e fintechs.
O Banco acelera modernização tecnológica e prepara-se para competir com fintechs, apostando numa nova plataforma transaccional, reforço de segurança digital e uma estrutura preparada para escalar.
Durante a entrevista concedida ao Semanário Económico, o Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Dr. Manuel Soares, foi claro: a modernização tecnológica do banco já não é apenas uma estratégia de suporte — é o próprio motor de crescimento. Desde 2023, o banco investiu na renovação dos seus centros de dados, na melhoria da infraestrutura técnica e na automação de processos críticos.
Um dos indicadores simbólicos dessa viragem foi a redução drástica no tempo de fecho bancário diário, que passou de 12 horas para apenas 3 horas. Este ganho operacional reflecte não apenas maior produtividade, mas também robustez na arquitectura dos sistemas que suportam as transacções do banco em todo o país.
Para o segundo semestre de 2025, está previsto o lançamento de uma nova plataforma digital transaccional, concebida para permitir que mesmo não-clientes possam realizar operações, o que representa uma reconfiguração do posicionamento digital do banco. A visão é clara: deixar de ser apenas um banco convencional para se tornar uma plataforma de serviços financeiros em competição directa com fintechs.
“Já não competimos apenas com outros bancos. Compomos um novo ecossistema, onde fintechs e operadores digitais também disputam a relação com o cliente final”, afirmou Soares.
Esta abordagem alinha-se com as novas dinâmicas do sector financeiro africano, onde o crescimento do mobile banking, a digitalização da base económica e o comportamento dos consumidores obrigam os bancos a serem mais ágeis, personalizados e inclusivos.
Cibersegurança e Dados: Activos Estratégicos
Consciente dos riscos tecnológicos e reputacionais associados à digitalização, o Moza Banco alocou mais de 1 milhão de dólares à cibersegurança em 2024. A protecção da integridade dos dados dos clientes e a prevenção de ataques informáticos tornaram-se, segundo Soares, uma extensão da confiança que o banco vende.
“Não estamos apenas a proteger o dinheiro das pessoas. Estamos a proteger os seus dados. E isso é um compromisso ético e estratégico.”
Além de investimentos em firewalls, monitorização contínua e protocolos de recuperação, o banco também está a capacitar os seus quadros internos para lidar com a nova realidade digital, incluindo acções de formação em segurança da informação e gestão de risco tecnológico.
Uma Infraestrutura Escalável com Visão de Futuro
Toda a transformação digital em curso está a ser concebida com base num princípio de escalabilidade. O objectivo é que a nova base tecnológica do Moza suporte não apenas a expansão dos serviços no território nacional, mas também uma eventual internacionalização — acompanhando a ambição do banco de, num futuro próximo, seguir os seus clientes para além-fronteiras.
Enquanto isso, a digitalização interna continua: canais electrónicos, terminais de pagamento, POS e ATMs estão a ser revistos com base em métricas de usabilidade, cobertura geográfica e integração multicanal. A ambição, explica o CEO, é tornar a experiência do cliente simples, rápida e universal.
O Moza Banco entra num novo ciclo com uma agenda digital clara e ambiciosa. Ao combinar ganhos de eficiência, protecção tecnológica e ousadia estratégica, o banco procura transformar-se num actor de referência num mercado cada vez mais competitivo e transversal. A inovação tecnológica não é apenas um caminho — é a própria ponte para o futuro.
Fonte: O Económico
