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Friday, October 17, 2025
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Trabalhadores de empresa de pesca sem salários há nove meses na Beira

Há, na Cidade da Beira, 156 trabalhadores do sector pesqueiro, da empresa Pesca Moz, que estão há nove meses sem salários e sem saber do paradeiro do patronato que encerrou as portas da firma de capitais estrangeiros.

Júlia Fone trabalhava na e para a empresa ora fechada há seis anos; estava no sector de processamento de pescado. Sem informação prévia, segundo contou à reportagem do jornal O País, viu a sua vida mudar para pior com o encerramento da firma

“Contando com esses meses, um mês paga e noutros meses não paga, estamos há quase um ano sem salários. Tenho uma filha que estuda numa escola privada e eu tenho de batalhar para pagar a escola dela, porque ela não pode ficar sem estudar. Veja que, para um patronato dizer, numa chamada, que acabou, a empresa fechou, já viu isso”, lamentou Júlia Fone.

Com os barcos ancorados no Porto da Beira, os escritórios encerrados e sem se saber ao certo o paradeiro do patronato, o futuro torna-se incerto para aqueles homens e mulheres. E, por estas alturas, nada mais resta a estes trabalhadores senão a manifestação, mesmo assim sofrem intimidações.

“Para nós, começam já a intimidar-nos, mandam-nos intimações enquanto exigimos nossos direitos, então é isso que nos inquieta porque estamos a exigir nossos direitos”, disse Arsénio José, que trabalha na empresa como marinheiro.

Os dísticos que estavam a ser empunhados exprimem o sentimento que vai na alma dos trabalhadores, que exigem a reposição dos seus direitos.

“Praticamente, o que estamos a pedir é que nos venham esclarecer o que se está a passar para podermos desenrascar. Há colegas a viver em casas de arrendamento, não têm como pagar”, disse Angelina Madalena, funcionária da empresa, tendo acrescentado que alguns colegas estão a ser expulsos das casas de renda.

O caso dos 156 trabalhadores já esteve a ser tramitado pela Comissão de Mediação e Arbitragem Laboral de Sofala, e, antes do consenso, transitou para a administração da justiça.

Fonte:O País

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